Para os próximos 10 dias, são esperadas mais chuvas para todas as regiões cafeeiras de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo. Assim, a florada deverá ocorrer em meados da próxima semana. E, com a passagem de uma massa de ar polar no Sul do Brasil, as temperaturas na região Sudeste deverão sofrer um declínio, que irá beneficiar o florescimento. Mas, não há riscos de geadas, até porque as temperaturas mínimas não deverão cair dos 8C. As previsões partem do boletim da Somar Meteorologia.
Segundo a Somar, as chuvas que vêm ocorrendo nas regiões cafeeiras de São Paulo e Minas Gerais ainda não foram suficientes para provocar a abertura da nova florada do café. Porém, os botões florais já se desenvolveram ao ponto de que as próximas chuvas que ocorrerem já serão suficientes para provocar a florada.
Entretanto, as chuvas da semana passada foram, em algumas regiões, associadas a granizos e essas chuvas danificaram algumas lavouras, afetando o abotoamento, o que consequentemente prejudicará a produção da próxima safra de café, 2013, aponta a Somar. O boletim relata ainda que o retorno do período de chuvas está favorecendo a elevação dos teores de umidade do solo, favorecendo o desenvolvimento da planta e diminuindo a queda das folhas, já que o clima mais seco e temperaturas extremamente altas para essa época do ano estavam levando a uma acentuada queda das folhas dos cafezais e isso pode diminuir os índices de pegamento da florada, coloca.
Mas, aponta a Somar, ao que tudo indica essa florada deverá ser de boa intensidade, até porque o café passou por um forte estresse hídrico entre os meses de julho e agosto, o que favorece a diferenciação floral, induzindo a uma boa florada. A Somar coloca que o grande problema será o pegamento dessa florada. Sobre a safra 2012, a Somar estima que reste menos de 2% da safra a ser colhida. “Portanto, já se pode escrever que a colheita está praticamente encerrada no Brasil e realmente as intempéries climáticas sofridas pelos cafezais ao longo de 2011 e 2012 causaram sérios danos à produção, onde os índices de produtividade ficaram abaixo do esperado/estimado.
Além da baixa produção a qualidade dos grãos também foi afetada, principalmente pelas chuvas ocorridas em maio e junho desse ano”, conclui o boletim.
Fonte : Safras & Mercado