14/07/2012
Saldo das exportações de café cresce 5,6%
Alta cotação do grão no início do ano é a principal responsável pela receita de US$ 7,841 bilhões; chuvas na colheita contribuem para elevação dos preços
Apesar do volume de café exportado pelo Brasil no ano-safra 2011/2012 ter sido 15% inferior em comparação aos 12 meses anteriores, o valor obtido com a comercialização apresentou aumento de 5,6% no período. No total, a exportação de 29,76 milhões de sacas resultou em uma receita de US$ 7,841 bilhões. Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé).
O cafeicultor e engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Francisco Barbosa Lima, explica que o valor obtido com as exportações foi mais alto se comparado ao mesmo período do ano passado em função dos altos preços praticados nos primeiros meses do ano. No entanto, a partir de março, o grão começou a sofrer desvalorização.
A avaliação do Conselho Nacional do Café (CNC) é de que a redução nos preços do café foi reflexo, em parte, da crise econômica enfrentada na zona do euro, tendo em vista que o mercado cafeeiro continua positivo em consequência dos baixos níveis de estoque e do equilíbrio apertado entre oferta e demanda. Lima espera que a receita das exportações referentes ao próximo trimestre seja reduzida devido aos preços mais baixos praticados a partir de março.
Nos últimos 15 dias, entretanto, o mercado apresentou recuperação, especialmente no caso dos cafés de qualidade, que sofreram aumento de R$ 50 a R$ 70 por saca. No Paraná, os preços do café de qualidade estão na faixa dos R$ 400 a R$ 420 a saca. ”A reação do mercado se deu mais em função das chuvas ocorridas na colheita do que de redução na oferta. O clima gerou expectativa de diminuição da produção de cafés de qualidade, tanto no Paraná quanto em São Paulo e Minas Gerais”, elucida Lima. O balanço do CNC aponta que a recuperação dos preços no mercado cafeeiro teve sequência nesta semana. No Paraná, a saca de café beneficiada foi vendida a R$ 371,89 na média, entre os dias 9 e 12 de julho.
Na análise do agrônomo do Mapa, se a expectativa de manutenção das chuvas acima da média em julho se concretizar, os preços do café podem não apresentar a queda que seria esperada após a colheita da safra. ”Pode ocorrer um distanciamento ainda maior entre os preços dos cafés de qualidade, como o cereja descascado, que já deve sofrer aumento por causa da redução de produção”, afirma.
A safra brasileira de café deve ser recorde este ano, resultado da bianualidade da cultura e também do aumento de área cultivada motivada pelos altos preços do grão no momento de colheita. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que a produção nacional de café na safra 2012 totalize entre 48,97 milhões e 52,27 milhões de sacas beneficiadas. O volume representa crescimento entre 12,6% e 20,2% em comparação à safra anterior, que totalizou 43,48 milhões de sacas. A área plantada com o grão no País é de 2,35 milhões de hectares, um aumento de 3,2% diante dos 2,27 milhões de hectares da safra 2011.
O balanço do CeCafé indica ainda que no primeiro semestre do ano a Europa foi o principal consumidor de café nacional, sendo responsável por 55% do total exportado pelo País. Na sequência estão América do Norte (19%), Ásia (19%) e América do Sul (4%).
Saldo das exportações de café cresce 5,6%
Alta cotação do grão no início do ano é a principal responsável pela receita de US$ 7,841 bilhões; chuvas na colheita contribuem para elevação dos preços
Apesar do volume de café exportado pelo Brasil no ano-safra 2011/2012 ter sido 15% inferior em comparação aos 12 meses anteriores, o valor obtido com a comercialização apresentou aumento de 5,6% no período. No total, a exportação de 29,76 milhões de sacas resultou em uma receita de US$ 7,841 bilhões. Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé).
O cafeicultor e engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Francisco Barbosa Lima, explica que o valor obtido com as exportações foi mais alto se comparado ao mesmo período do ano passado em função dos altos preços praticados nos primeiros meses do ano. No entanto, a partir de março, o grão começou a sofrer desvalorização.
A avaliação do Conselho Nacional do Café (CNC) é de que a redução nos preços do café foi reflexo, em parte, da crise econômica enfrentada na zona do euro, tendo em vista que o mercado cafeeiro continua positivo em consequência dos baixos níveis de estoque e do equilíbrio apertado entre oferta e demanda. Lima espera que a receita das exportações referentes ao próximo trimestre seja reduzida devido aos preços mais baixos praticados a partir de março.
Nos últimos 15 dias, entretanto, o mercado apresentou recuperação, especialmente no caso dos cafés de qualidade, que sofreram aumento de R$ 50 a R$ 70 por saca. No Paraná, os preços do café de qualidade estão na faixa dos R$ 400 a R$ 420 a saca. ”A reação do mercado se deu mais em função das chuvas ocorridas na colheita do que de redução na oferta. O clima gerou expectativa de diminuição da produção de cafés de qualidade, tanto no Paraná quanto em São Paulo e Minas Gerais”, elucida Lima. O balanço do CNC aponta que a recuperação dos preços no mercado cafeeiro teve sequência nesta semana. No Paraná, a saca de café beneficiada foi vendida a R$ 371,89 na média, entre os dias 9 e 12 de julho.
Na análise do agrônomo do Mapa, se a expectativa de manutenção das chuvas acima da média em julho se concretizar, os preços do café podem não apresentar a queda que seria esperada após a colheita da safra. ”Pode ocorrer um distanciamento ainda maior entre os preços dos cafés de qualidade, como o cereja descascado, que já deve sofrer aumento por causa da redução de produção”, afirma.
A safra brasileira de café deve ser recorde este ano, resultado da bianualidade da cultura e também do aumento de área cultivada motivada pelos altos preços do grão no momento de colheita. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que a produção nacional de café na safra 2012 totalize entre 48,97 milhões e 52,27 milhões de sacas beneficiadas. O volume representa crescimento entre 12,6% e 20,2% em comparação à safra anterior, que totalizou 43,48 milhões de sacas. A área plantada com o grão no País é de 2,35 milhões de hectares, um aumento de 3,2% diante dos 2,27 milhões de hectares da safra 2011.
O balanço do CeCafé indica ainda que no primeiro semestre do ano a Europa foi o principal consumidor de café nacional, sendo responsável por 55% do total exportado pelo País. Na sequência estão América do Norte (19%), Ásia (19%) e América do Sul (4%).