COTAÇÃO DO CAFÉ – Operações em N.Y. finalizaram a sexta-feira em campo negativo

As operações em N.Y. finalizaram a sexta-feira em campo negativo, durante o pregão a posição setembro oscilou entre a máxima de +0,90 pontos e mínima de -4,55 fechando com -3,90, no acumulado da semana foram registrados +5,75 pts. As cotações foram pressionadas por realização de lucros e incertezas quanto à economia global.

O dólar iniciou os trabalhos desta sexta-feira em queda, mas logo em seguida inverteu o quadro e passou a operar com valorização, encerrando o dia com +0,20%. O movimento de hoje foi marcado por agravamento da aversão ao risco e pelas intervenções verbais das autoridades brasileiras. A divulgação da criação de postos de trabalho (payroll) nos EUA provocou aceleração do avanço do dólar ante o real e diversas outras divisas globais. O payroll nos EUA mostrou criação de 80 mil vagas no mês passado, ante expectativas de +100 mil, enquanto a taxa de desemprego permaneceu em 8,2% como previsto. O payroll de maio foi revisado para +77 mil, de +69 mil anteriormente. Com isso, o mercado aguarda a reação do Fed no sentido de fazer ou não um nova intervenção para estimular a economia.

Na segunda, dia 9 de julho, feriado da Revolução Constitucionalista de 1932, a praça financeira de São Paulo estará fechada, o que reduz sensivelmente o volume financeiro negociado ainda que outras praças no País estejam abertas no dia.

A Organização Internacional do Café (OIC) cortou nesta sexta-feira sua estimativa da produção global de café 2011/12 para 131,3 milhões de sacas de 60 kg, abaixo das 131,9 milhões de sacas previstas no mês anterior pelo órgão. A projeção representa uma queda de 2,3% ante a colheita 2010/11, estimada em 134,4 milhões de sacas. Sobre o ano-safra 2012/13, a OIC disse que a perspectiva para a produção global continua mista, pois a produção mais alta e antecipada do Brasil e outros produtores importantes pode ser compensada por uma menor produtividade causada por fatores climáticos. “Para 2012/13, espera-se um aumento de 16% no Brasil ante 2011/12. Elevação da produção também é prevista em outros países, mas as condi&cce dil;ões climáticas desfavoráveis atualmente tem afetado a qualidade dos grãos.” A crise econômica não parece ter reduzido o consumo de café, segundo a OIC, que continua a prever um crescimento apesar dos aumentos substanciais dos preços no varejo nos países importadores. As informações são da Dow Jones.

A produção de café da Índia deve subir 3,6% em 2012/13, especialmente devido a expectativas de aumento da colheita no estado de Karnataka, principal produtor do país, disse o Conselho do Café do país nesta sexta-feira. A Índia é o terceiro maior produtor de café da Ásia e deve colher 325.300 toneladas no ano-safra que começa em 1º de outubro, uma alta ante as 314 mil toneladas deste ano, segundo nota do conselho. As exportações também devem subir, pois o país embarca cerca de 70% de sua produção. Metade dos embarques é importada por países europeus. Anteriormente, executivos do setor haviam dito que havia estimativa de queda da produção no próximo ano devido ao atraso das chuvas na época da florada, chamadas de chuvas pré-monções. Mas o conselho disse que a produç&atild e;o em Karnataka deve subir para 234.860 toneladas, ante 221 mil toneladas neste ano. Porém, no estado de Kerala, segundo maior produtor, a previsão é de queda de 4,6%, para 65 mil toneladas, disse o governo. As informações são da Dow Jones.