Durante os primeiros cinco meses do ano, a Colômbia se converteu no principal destino de café peruano, segundo os registros da Superintendência Nacional de Administração Tributária (Sunat). Os dados da Sunat indicam que foram exportadas 215 mil sacas a esse país, o que equivale a 27,2% do total, que foi 958,33 mil sacas. A demanda colombiana busca cobrir com café de similar qualidade, como é o produto peruano, seus compromissos contraídos com a indústria colombiana e tradicionais compradores, afetados pela queda de sua colheita como consequência de seus planos de renovação de cafezais e da desordem climática que favoreceu o aumento de pragas.
O presidente da Junta Nacional de Café do Peru, Anner Román Neira, disse que o país vizinho seguirá comprando café peruano por vários anos, considerando que os novos cafezais entrarão em produção somente a partir de 2014. “Só nos preocupa que os preços de exportação registrados pela Sunat com destino à Colômbia sejam 25% menores do que a média geral de exportações de café. Algo deve estar ocorrendo para essa desvalorização do nosso café”.
As exportações de café somaram, de janeiro a maio, um valor de US$ 198 milhões, por um volume de 958,33 mil sacas, com um preço médio de US$ 252,5 por saca. Já o preço de venda à Colômbia é de US$ 191,3 por saca, sendo registrado como café de “segunda”, ainda que no mercado local seja colhido como café normal. Para esse ano, estima-se que o Peru produzirá 4,14 milhões de sacas, o que representa uma redução de 30% na produção de café com relação a 2011. A reportagem é do LaRepublica.pe, traduzida e adaptada pela Equipe Café.