COTAÇÃO DO CAFÉ – NY encerraram a terça-feira com pouca alteração

As operações em N.Y. encerraram a terça-feira com pouca alteração, após oscilar entre a máxima de +1,85 pontos e mínima de mínima de -2,30 a posição julho fechou com -0,65 pts.

O mercado cambial teve outro dia de valorização, o dólar encerrou os trabalhos com alta de 1,81% cotado a R$ 2,079. No período da manhã, o Banco Central realizou dois leilões de swap cambial e mesmo assim, os investidores continuaram puxando as cotações para cima. O cenário externo impulsionou o dólar para cima, tanto que as máximas registradas no final da tarde tiveram como pano de fundo a aceleração da queda do euro, em reação a declarações feitas pelo ex-primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos. Segundo ele, o risco do país sair da zona do euro é real e o país já se prepara para esse cenário. Isso provocou a inversão nas bolsas norte-americanas, que passaram ao negativo, e atingiu o mercado de moedas.

Especialistas, ouvidos pela Agência Estado, avaliam que a valorização do dólar ante o real é especulativa, que segundo eles, “Os fundamentos não explicam uma alta nessa magnitude”. Para outros, uma das pressões do mercado é a retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Nos leilões realizados, o BC ofertou 49,4 mil contratos de swap cambial, que neutralizam o vencimento do próximo dia 2 de julho, de contratos de swap cambial reverso – compra. Na primeira operação, o mercado absorveu 30,3 mil contratos (US$ 1,509 bilhão). No segundo leilão, cuja oferta foi de 19,1 mil contratos (US$ 955 milhões), o mercado ficou com 13,6 mil contratos (US$ 677,7 milhões).

A produção de café da Colômbia deve crescer 5% em 2012/13, alcançando 9 milhões de sacas de 60 quilos, devido à renovação dos cafezais e mudanças favoráveis do clima, informou o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Bogotá. Nos quatro anos anteriores, a disseminação de doenças e pragas fizeram com que a produção do país se estagnasse. As exportações de café colombiano devem subir para 8,8 milhões de sacas em 2012/13 com a recuperação da produção, pois os preços internacionais devem sustentar os níveis de embarque apesar da valorização do peso perante o dólar, afirmou o governo americano. Em 2011/12, o USDA prevê que a produção continue em 8,5 milhões de sacas, pois a renovação dos cafezais e as chuvas intensas afetaram negativamente a safra. A instituição também prevê que os embarques cresçam 11% no ano, para 8,4 milhões de sacas em 2011/12, pois o consumo local tem sido suprido com importações, enquanto a produção local é exportada. A Colômbia tem se focado em aumentar as exportações de café com valor agregado e cafés especiais, afirmou o USDA. O governo e a federação de café do país implantaram um plano para aumentar o apoio aos agricultores e encorajar a renovação dos cafezais com variedades resistentes a ferrugem, disse o governo americano. As informações são da Dow Jones.

A produção de café da safra 2012/13 da Costa Rica pode aumentar se os produtores aproveitarem a boa florada e começarem a aplicar fertilizantes nas plantações ainda este mês, afirmou nesta segunda-feira o Instituto de Café da Costa Rica (Icafé). “Se (o trabalho) não for feito adequadamente, o potencial de colheita pode ficar seriamente comprometido”, disse o Icafé, por meio de um comunicado. Os preços dos agrotóxicos estão 10% mais caros neste ano, ante 2011, mas as perspectivas de investimentos são incertas, já que os lucros com a safra 2011/12 ficaram 40% menores. A temporada de café começa em outubro e vai até setembro. Segundo Ronald Peters, diretor-executivo do Icafé, é provável que alguns produtores não queiram utilizar muito fertilizante. Mesmo assim, ele se mantém otimista e espera que a florada motive os agricultores a investirem as economias feitas com a safra passada, quando os preços ficaram acima dos 300 cents por libra-peso. As informações são da Dow Jones.