SAFRAS (03) “A recomposição orçamentária é essencial e de fundamentalimportância para a execução das atividades da cafeicultura nacional”. Aafirmação é do secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento deMinas Gerais, Silas Brasileiro, ao defender a necessidade de uma nova estimativade receita para aplicação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira(Funcafé).
O orçamento do Fundo, previsto para 2006, é de cerca de R$ 1,6 bilhão. Deacordo com o secretário, seria preciso uma recomposição desse orçamento, novalor de R$ 529 milhões. A prioridade, entretanto, seria a destinação de R$ 160 milhões para aequalização de juros em operações de financiamento, permitindo a aplicação derecursos em atividades de custeio, investimento, colheita e pré-comercializaçãoda safra 2006/2007. “Sem essa medida será impossível o financiamento daatividade”, adverte Silas Brasileiro.
Nas últimas semanas, o secretário Silas Brasileiro e o diretor doDepartamento de Café (Decaf) do Ministério da Agricultura, Vilmondes Olegário daSilva, participaram de reuniões, em Brasília, com os deputados relatores doOrçamento Geral da União, Anivaldo Vale e Carlito Mers, para fazer asolicitação. “Tivemos boa recepção dos parlamentares que se comprometeram aanalisar cuidadosamente a proposta”, afirmou Silas Brasileiro. O Fundo O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) foi criado em 1986 paradar suporte a toda a cadeia produtiva cafeeira, desde o plantio e colheita, atéa comercialização e exportação.
O Funcafé visa também à modernização, aoincentivo à produtividade, e ao desenvolvimento de pesquisas e melhoria dascondições de vida do trabalhador rural. Os recursos do financiamento podem ser usados com despesas com a colheita etratos das lavouras, com a compra de insumos, e gastos com mão-de-obra. Olimite de crédito é de até R$ 1,4 mil por hectare e o financiamento não podeexceder R$ 140 mil por produtor. As taxas de juros são de 9,75% ao ano. Café em Minas Minas Gerais responde por cerca de 50% da safra nacional de café que, em2006, deve ficar entre 40 milhões e 42 milhões de sacas. O estado também éresponsável pela metade das exportações brasileiras do produto.
No ano passado, Minas exportou 13 milhões de sacas, movimentando US$ 1,7 bilhão. O café é osegundo produto na pauta de exportações estaduais, atrás apenas do minério deferro. As informações são da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estadode Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.