Industriais expõem posições divergentes a dos produtores sobre a rotulagem do café
A Junta Consultiva do Setor Privado da OIC se reuniu na manhã desta quarta feira (07/03). Entre os principais temas apresentados, destacamos os estudos apresentados sobre a estrutura de consumo no mundo, feita pela Associação de Cafés Especiais dos Estados Unidos (SCAA, sigla em inglês), que focaram a necessidade da realização de esforços a fim de se engajar mais os jovens no hábito do consumo do café.
Também merece nossa atenção a apresentação feita pelo representante da Federação Européia de Café (ECF, sigla em inglês), que analisou as informações contidas nos rótulos dos cafés na Europa. Ele criticou o excesso de informações existentes nos rótulos, que, segundo o representante europeu, por vezes causam confusão nos consumidores.
Referindo-se à nova legislação que deverá entrar em vigor na Europa até 2016, a qual prevê que seja indicado onde o café que está sendo comercializado foi produzido, ele solicitou o apoio da Organização para que isso seja retirado, alegando problemas que existirão nos rótulos, uma vez que alguns produtos sofrem variações em suas fontes de matéria-prima.
O representante do Conselho Nacional do Café (CNC) presente na reunião da Junta, Joaquim Libânio Ferreira, criticou o pedido feito pelo representante da ECF, citando o exemplo de grandes indústrias, como a Nespresso e a Starbucks, que indicam a origem em seus produtos e utilizam isso, inclusive, como estratégia mercadológica. O posicionamento do representante do CNC foi defendido pela maioria dos representantes dos países produtores na OIC.