27 de Janeiro de 2006
As primeiras cafeterias surgiram em Meca, conhecidas como Kaveh Kanes. Nos centros religiosos muçulmanos, o consumo de bebida alcóolica era proibido e os Kavehs se popularizaram como casas onde era possível passar a tarde conversando, ouvindo música e tomando café. Com o passar dos anos, no Oriente, as cafeterias se tornaram famosas pelo luxo e suntuosidade e pelos encontros entre comerciantes para a discussão de negócios ou reuniões de lazer. Hoje o café disputa com a cerveja a fama de bebida mais popular do mundo. A forma de saborear também tem suas peculiaridades. No Brasil, é o mais tradicional: puro ou com açúcar. Mas no Oriente Médio, por exemplo, é comum acentuar o sabor do café com algumas especiarias, como canela ou gengibre. Na Bélgica, o produto é servido com um pequeno pedaço de chocolate, que se derrete no interior da xícara e, em algumas regiões da Alemanha, é adoçado com leite condensado. A principal diferença entre o café tradicional e o café expresso é a forma de extração. “No café coado, a água passa por gravidade no pó, através do filtro de papel. No expresso, a água é pressionada por um bomba, dentro da máquina, para passar rapidamente (entre 25 e 30 segundos) pela quantidade predeterminada de pó, numa temperatura fixa de 90 graus”, diz Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). “É um café mais cremoso, que potencializa o aroma e atributos de sabor, enquanto o café filtrado é mais suave, mais adocicado e menos encorpado”. O Brasil é o maior produtor mundial de café e abastece 30% do mercado internacional. Quatro estados se destacam: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná. (Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 3)(M.L.F.) |