Café: comercialização da safra brasileira atinge 97%

A comercialização da safra de café do Brasil 2011/12 (julho/junho) fechou o mês de janeiro em 79% do total

14 de fevereiro de 2012 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

A comercialização da safra de café do Brasil 2011/12 (julho/junho) fechou o mês de janeiro em 79% do total. O dado faz parte de levantamento da Consultoria Safras & Mercado, com base em informações colhidas até 31 de janeiro. Com isso, já foram comercializadas pelos produtores brasileiros 37,92 milhões de sacas de 60 quilos de café, tomando-se por base a projeção de Safras & Mercado, de uma safra 2011/12 de café brasileira de 47,7 milhões de sacas.


A comercialização está abaixo de igual período do ano passado, quando 81% da então safra 2010/11 estava negociada. Em janeiro, a comercialização evoluiu apenas 3 pontos percentuais contra dezembro, que fechara com vendas de 76% da safra.


Segundo o analista de Safras & Mercado, Gil Barabach, o fluxo de negócios segue compassado. As perdas de janeiro no mercado, em um primeiro momento afugentaram os vendedores e, depois, quando a oferta esboçou melhora, quem não quis mais foram os compradores. “Assim, a distância entre as pontas aumentou dificultando ainda mais o fechamento de negócios, já naturalmente complicados nessa época do ano por conta do período de entressafra”, comentou.


A perda da linha de R$ 500,00 a saca e o panorama financeiro nebuloso geram preocupação entre os produtores, avalia Barabach. “E isso pode estimular o interesse pela venda. Embora o preço esteja ainda convidativo, mesmo depois da correção, não é hora de afobação. A mesma estratégia usada com o mercado em alta serve também agora nesse processo corretivo”, observa. Então, a melhor postura é dosar as vendas, tentando aproveitar algum repique, e com isso diluir riscos futuros. Assim, não se deixa de ganhar com o bom preço atual, bem como, não se fica fora de um ganho futuro mediante uma eventual melhora no mercado.


A escassez dos cafés de melhor qualidade deve manter essas bebidas valorizadas. Mas a mudança de conduta da demanda, voltada cada vez mais para o conillon, deve segurar a onda altista, acredita o analista. “É certo que as oportunidades, em particular de quem tem café melhor, vão continuar aparecendo, mas talvez com menos entusiasmo que no ano passado”, estima o analista.
 
 
 

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