28 de outubro de 2011
O café do Brasil está mais caro no mercado físico dos Estados Unidos, com produtores brasileiros segurando o produto da última colheita, disseram importadores americanos.
“O café brasileiro da safra atual tem sido realmente caro. Há uma retenção proposital por parte de produtores”, disse Christian Wolthers, da Wolthers America, com sede na Flórida.
Os futuros do café subiram para uma máxima de 34 anos, acima de US$ 3 por libra-peso em maio, permitindo que muitos produtores vendessem a preços excepcionalmente altos.
Agora o primeiro contrato é cotado a cerca de US$ 2,35.
Segundo Wolthers, muitos produtores que ainda têm café da safra 2011/12 estão segurando o produto remanescente por duas razões: ou por causa do Imposto de Renda após um lucro maior do que o usual, e estão apenas vendendo para o ano comercial 2012/13; ou estão esperando para ver um aperto no mercado no próximo ano que possa elevar os preços.
“Os volumes das exportações a partir do Brasil estão pequenos comparados ao do ano passado. Não é que o café não foi vendido, é apenas que ele não foi embarcado, o que está elevando o diferencial”, disse Wolthers.
O Brasil exportou 2,56 milhões de sacas de café verde em setembro, contra 2,99 milhões de sacas no mesmo período do ano passado, seguindo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
Os diferenciais do mercado físico em relação aos futuros se expandiram, com muitos grãos ficando mais caros.
Os futuros do arábica em Nova York tiveram uma semana volátil, com um amplo intervalo de até 17 centavos de dólar por libra-peso, devido a fatores macroeconômicos que afetaram o mercado.
O café Santos 4 em armazéns dos EUA moveram-se para um desconto médio de 1,5 centavo em relação ao contrato “C” de Nova York, contra 3,5 centavos abaixo há uma semana.
O Santos 2/3 bebida fina subiu para um prêmio médio de 3 centavos, contra 2 centavos há uma semana.
De uma maneira geral, as negociações nos EUA foram relativamente calmas.
Reuters