CAFÉ: CONAB REDUZ ESTIMATIVA DA SAFRA BRASILEIRA 2011/12

16 de setembro de 2011 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Na última terça-feira, dia 13, o governo brasileiro divulgou sua terceira estimativa para a safra brasileira de café 2011/12, que está em processo final de colheita. E, como já se esperava, houve uma redução na projeção da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab).    

Na segunda previsão da Conab, de maio, trabalhava-se com o número de 43,5 milhões de sacas de 60 quilos. Agora, o governo estima uma produção brasileira de 43,15 milhões de sacas. A Conab ressalta, entretanto, que este volume é o melhor para anos de baixa bienalidade do grão desde a temporada 1999/00. Este desempenho, dito positivo pela Conab, vem com condições climáticas favoráveis na maioria das regiões produtoras. As cotações mais altas no mercado internacional possibilitaram também melhores tratos culturais dos cafeicultores.     

A comparação entre o terceiro levantamento e o segundo, de maio, aponta aumento de produção no Espírito Santo (551 mil sacas) e Paraná (120 mil sacas). Mas, Minas Gerais, Bahia e Rondônia apresentam redução nos números da safra em função da falta de chuvas no começo do ano.    

A safra 2011/12 é 10,3%, ou 4,94 milhões de sacas, inferior as 48 milhões de sacas colhidas em 2010/11. A Conab ressalta que a redução na produção vem naturalmente em função do ciclo de baixa carga dentro da bienalidade da lavoura cafeeira, que alterna anos de ciclo alto e baixo produtivo.    

De acordo com o balanço da Conab, a produção não foi maior ? e o número ficou abaixo do segundo levantamento ? devido à estiagem de janeiro e fevereiro. ?Essa condição climática prejudicou as lavouras em fase de enchimento dos frutos, sobretudo em Minas Gerais (regiões sul e cerrado mineiro), na Bahia e em Rondônia?, apontou a Companhia.     

A maior redução na safra 2011 é observada na produção de café arábica, com queda de 13,4% (4,93 milhões de sacas). Para o conillon, a previsão indica uma diminuição de apenas 0,1%, correspondente a 8,6 mil sacas.    

Como normalmente ocorre, os números da Conab foram acompanhados pelo mercado, mas não tiveram maior influência na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures), que baliza a comercialização do arábica no mundo. Ao longo da semana, os preços internacionais caíram, diante de ajuste técnico e das preocupações com a crise econômica na zona do euro, e também nos Estados Unidos, que levaram à fuga de capitais de commodities mais uma vez. As altas do dólar, no entanto, limitaram o efeito dessas perdas na bolsa no nosso mercado interno ao produtor.  (LC)

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.