Linhas de cafés Faraó e Favorito expandem atuação no mercado

Com o embarque de cinco toneladas de café para a Europa no fim do ano passado e o lançamento, ainda para o primeiro semestre deste ano, de uma linha de café solúvel e outra de orgânico destinadas ao mercado interno, os Cafés Faraó e Favorito buscam se fortalecer para competir em um mercado dominado por grandes multinacionais. Segundo a diretora comercial da empresa e proprietária das marcas, Adriana Guedes de Oliveira, já há conversas para embarcar o produto para o Oriente Médio.

“Ainda não há um contrato fechado com países do Oriente Médio, mas nossa intenção é colocar nossa marca naquele mercado e estamos trabalhando para isso. Já no mercado interno, até junho, lançaremos o café solúvel da marca Faraó e pretendemos entrar no mercado de orgânicos, que possui maior valor agregado e é dirigido para um público mais específico”, explica a executiva que é uma das proprietárias da empresa juntamente com outras três irmãs.

Ela conta que no Oriente Médio existe a preferência pelo grão do tipo “rio”, enquanto no Brasil, o consumidor opta pelo grão do tipo “duro”. “São hábitos diferentes, mas por conta do Brasil ser o principal produtor mundial de café, temos oferta de todos os tipos de grão, o que nos permite atender esse mercado caso seja necessário.” Adriana afirma que as empresas, café Faraó e Favorito, moem mensalmente cerca de 7 mil sacas com 60 quilos de café. “Temos capacidade para dobrar essa produção”, avalia.

Ainda, segundo ela, no que diz respeito ao mercado externo, a empresa está dando os primeiros passos. “Já fizemos embarques para a Europa, principalmente Alemanha. O volume ainda é muito pequeno, mas estamos dando os primeiros passos”, afirma.

Com um faturamento de R$ 30 milhões em 2005, os cafés Faraó e Favorito possuem presença no mercado carioca e no litoral norte de São Paulo. “Acredito que mais de 60% das vendas de cafés dessas regiões sejam de nossas marcas. O café Favorito é mais forte no Rio de Janeiro, enquanto o Faraó possui presença no mercado do litoral paulista e carioca.”

No ano passado, Adriana conta que os investimentos em equipamentos para melhorar a qualidade dos cafés chegaram a R$ 3 milhões. “Tentamos aperfeiçoar constantemente a qualidade dos nossos produtos.” Para 2006, a executiva afirma que novos aportes em melhorias da empresa serão realizados, mas não pode precisar o volume a ser investido.

Adriana conta que atua nas empresas desde os 12 anos e que já passou por todas as áreas da empresa, herança que recebeu do pai. O café Favorito tem 60 anos e o Faraó 55 anos de existência.