Reaproveitamento de água do descascamento do café reduz o consumo em até 90%

O sistema esteve no estande da cafeicultura.

Por: Comunidade Manejo da Lavora Cafeeira

As pessoas que visitaram a GranExpoES 2011 puderam conferir um modelo do Sistema de Limpeza de Água Residuária (SLAR) do processo de descascamento do café. O equipamento é apresentado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), para mostrar o funcionamento do reaproveitamento da água na despolpa do café conilon, processo utilizado para a melhoria da qualidade e proporciona agregação de valor do produto. Com a máquina é possível economizar até 90% de água, se comparado ao sistema sem o aproveitamento da água residuária.


No processo de descascamento sem o uso da recirculação, são usados em média cinco litros de água para produzir um litro de conilon descascado, enquanto no sistema de reuso da água residuária a quantidade necessária cai para meio litro de água para produzir a mesma quantidade. A água residuária também pode ser utilizada como matéria orgânica e auxiliar na nutrição dos pés de café, diminuindo o custo e a quantidade dos insumos agrícolas usados pelo produtor rural na lavoura.


O pesquisador do Incaper, Aldemar Polonini, elaborou o modelo do SLAR e explica como um contaminante ambiental pode servir de nutrição natural para a planta e ainda ser reutilizado diminuindo o impacto ambiental da atividade cafeeira. “O reuso da água no processo reduz em 90% a quantidade de água limpa utilizada no descascamento, além de ser usado na compostagem da lavoura”, afirma.


A visitante da GranExpoES, Rosimary Nobre, recebeu as explicações do pesquisador do Incaper e gostou de saber da existência de um trabalho tão importante para a sustentabilidade da produção de café. “O sistema é fantástico pelo fato de diminuir os impactos ambientais de uma atividade tão disseminada como o café e ainda reduzir os gastos do produtor rural. Além de tudo o sistema é simples, fazendo com que a ideia da reutilização seja rapidamente entendida”, completa.


O Estande sobre Cafés Especiais, do Instituto, abordou também as tecnologias para a produção de café conilon e a melhoria da sua qualidade, como o vergamento, a produção de mudas clonais, as novas técnicas de poda.


 

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