[05 Janeiro 01h26min 2006]
O anúncio da joint-venture (contrato de parceria) entre Santa Clara e o grupo israelense Strauss-Elite, desde dezembro de 2000 controlador da mineira Três Corações, a princípio, é bom para o Ceará. Santa Clara nasceu no Rio Grande do Norte, mas tem sede em Fortaleza. A união (para citar a marca do principal café concorrente, da líder Sara Lee) reforça a potiguar-cearense, hoje a segunda do País, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Já a Três Corações é a oitava. A joint-venture dá vida à Santa Clara Participações Ltda, com 2.200 empregados em 14 estados de Nordeste, Norte e Sudeste. Em 2003, a Santa Clara já havia comprado a Pimpinella, marca popular no Rio de Janeiro.
Importante que a nova Santa Clara, mais poderosa e com mais visibilidade nacional, reforce o comando da organização no Ceará, o que significa valor agregado ao Estado. Só a etapa industrial seria muito pouco.
O presidente-executivo da nova empresa, Pedro Alcântara, dissera à Coluna em meados no ano passado que os investimentos em tecnologia, feitos desde 2000, já deixaram a indústria no ponto.
Em tempo: a empresa é fornecedora dos cafés de marcas próprias de duas redes arqui-rivais – Pão de Açúcar e Bompreço (Wal-Mart). Um detalhe é que nestas embalagens a empresa omite o nome Santa Clara. Assina como S/C ou apenas com o CNPJ.
No Prêmio Delmiro Gouveia 2005 (quinta edição), promovido pela Bolsa de Valores Regional (BVRg) e O POVO, a Santa Clara ganhou dois prêmios. Ficou entre as maiores do Ceará e ficou em primeiro lugar no Desempenho Econômico-Financeiro, na faixa com faturamento acima de R$ 60 milhões.