segunda-feira, 8 de agosto de 2011
(Reuters) – A Cooxupé, maior cooperativa de café do Brasil, que atua em Minas Gerais, informou que os danos causados às lavouras pelas recentes geadas não foram significativos, mas informou que as fazendas atingidas irão perder algo de seu potencial produtivo.
Representantes de outras duas cooperativas do sul de Minas Gerais também disseram que os danos decorrentes da geada de sexta-feira nos cafezais do Sudeste foram limitados a algumas áreas produtoras.
O agrônomo Gustavo Rennó, da Minasul, que produz cerca de 1 milhão de sacas por ano (em torno de 2 por cento da produção brasileira), disse que poucas lavouras de cooperados foram afetadas pela geada.
Minas produz cerca de metade do café do Brasil, que é o maior produtor mundial. Cafeicultores de São Paulo e Paraná também relataram geadas em seus cafezais.
Rennó disse que, na Minasul, a redução na produção por causa da geada não deve chegar nem a 5 por cento do potencial da próxima safra.
“Algumas fazendas foram afetadas, mas no geral foi pouco”, disse ele, acrescentando que em outras áreas de Minas a geada pode ter sido mais forte.
A empresa de meteorologia Somar disse na segunda-feira que o tempo nas regiões cafeicultoras vai alternar entre o frio e o calor na próxima quinzena, mas que a geada não deve voltar a se formar no futuro imediato.
Outra cooperativa, a Cooparaíso, perto da divisa com São Paulo, disse que cerca de 2 por cento da sua área cultivada foi atingida.
A safra de 2011 já está na fase de colheita, e por isso está assegurada. A geada pode afetar a produção de 2012, que será um ano “forte” no ciclo bienal do café, o que amplifica eventuais prejuízos.
(Reportagem de Peter Murphy)