Operações com CPR somam R$ 4,5 bi café movimentou R$ 737 milhões no ano 05

4 de janeiro de 2006 | Sem comentários Comércio Mercado Interno
Por: Valor por Mônica Scaramuzzo De São Paulo








As operações com Cédulas do Produto Rural (CPRs) avalizadas pelo Banco do Brasil (BB) encerraram 2005 com um movimento de R$ 4,454 bilhões e 62,047 mil contratos negociados. O valor apurado representa uma ligeira queda, de 0,4%, na comparação com 2004 e ficou abaixo das expectativas do BB, que projetava fechar o ano com negócios entre R$ 4,5 bilhões e R$ 4,6 bilhões.

Frederico Piauilino, gerente executivo de agronegócios do BB, atribui o resultado abaixo da expectativa ao ressurgimento da febre aftosa no país, com focos da registrados no Mato Grosso do Sul e no Paraná, o que inibiu os negócios com boi. “A queda da demanda por CPRs ocorreu, sobretudo, no último trimestre por conta da aftosa, mas o dólar desvalorizado frente ao real e a seca também inibiram os negócios com os títulos”, afirmou.

Os produtos agrícolas que mais se destacaram foram soja, boi e café, que juntos somaram R$ 3,284 bilhões, ou 74% do total negociado no ano. Somente a soja movimentou no ano passado R$ 1,295 bilhão, 20,7% a menos que em 2004. O boi gordo, apesar da crise da febre aftosa, encerrou o ano com R$ 1,252 bilhão, 29,6% a mais na mesma comparação. O café movimentou R$ 737 milhões no ano passado, alta de 36,7% sobre o ano anterior.

A expectativa é de que as operações com CPR possam superar R$ 5 bilhões neste ano, de acordo com Piauilino. “Os custos de produção agrícola estarão mais acessíveis neste ano”, afirmou.

Lançada em 1994, a CPR é um título que permite ao agricultor antecipar recursos no mercado sob o compromisso de entrega futura de sua produção – no caso da modalidade física – ou por liquidação financeira junto aos bancos. Atualmente, a modalidade mais usada é a da liquidação financeira, que representou aproximadamente 90% das operações realizadas em 2004.

Desde o seu lançamento, as operações com CPR no BB já totalizam R$ 13,3 bilhões. O banco informou que a demanda pelos títulos foi maior em Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Paraná.

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