Cafeicultores que permaneceram na atividade têm obtido lucros nos últimos anos

Por: Diario do Noroeste - Comunidade Manejo da Lavoura Cafeeira

Nos últimos anos, os cafeicultores estão obtendo lucros com a atividade na região no Noroeste do Paraná. Apesar da redução da área, a produtividade avançou de 20 sacas por hectare no ano passado, para quase 45 sacas por hectare em 2011. O técnico agropecuário da COPAGRA, Odair Clemente Júnior, ressalta que o aumento de produção também deve ser atribuído ao ciclo bianual da cultura, sendo que este ano é de produção cheia. Então normalmente a produção aumenta. “Mas a redução de área indica o aumento da produtividade da cultura no Paraná”, afirmou.


Muitas áreas antigas de café e pouco produtivas foram erradicadas. Nesses locais foram plantadas mudas novas, com variedades mais resistentes que deverão entrar em produção em três a quatro anos. “Aumentou muito a procura de mudas de café para renovação das lavouras, o que indica que as perspectivas a longo prazo estão muito boas para o setor cafeeiro”, disse o técnico.


O perfil do cafeicultor mudou também na região. No Distrito de Adhemar de Barros, município de Terra Rica, há apenas quatro cafeicultores e são agricultores familiares, que plantam o produto dentro de sistema diversificado de produção. Eles têm renda mensal, semestral e anual com a produção de gado e outras culturas.


É o caso do agricultor Elizio Nunes, o produtor dividiu a Chácara Flor do Café entre a lavoura de café e criação de gado de corte. “Se um não dá, outro equilibra”, disse, afirmando que este ano a renda maior será da cafeicultura.


O produtor esperava uma safra menor, mas a chuva ajudou e os pés ficaram bem carregados. “Nos três alqueires de lavoura devo colher entre 350 a 400 sacas de café”, explica. As boas perspectivas de produção na safra, aliadas à alta do preço da saca do produto e ao aumento do consumo, apontam para um momento favorável da cafeicultura, gerando satisfação e otimismo entre os produtores. O cenário da cafeicultura na região teve mudança significativa; o quilo do produto não chegava a R$ 3,00 no ano passado. Hoje o preço alcança a R$ 5,40 kg/renda.

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