O dólar caiu 0,38% e fechou cotado a R$ 1,5770 impulsionado pe lo alerta de uma autoridade do órgão regulador de câmbio da China aos riscos da manutenção de uma posição excessivamente elevada em ativos denominados em dólar. As incertezas em relação à Grécia também continuam, mas os indicadores europeus divulgados hoje foram positivos, com destaque para o dado de vendas no varejo na zona do euro superando o previsto, o que deu força ao euro.
No mercado interno, o fluxo cambial foi negativo, o que se refletiu no aumento do cupom cambial, 3,05%, de acordo com um operador de tesouraria de um banco. As saídas de recursos foram compensadas pelo ambiente externo mais calmo, que favoreceu o recuo da moeda norte-americana, afirmou a mesma fonte.
Além da queda externa da divisa dos EUA, há expectativas de fluxo cambial favorável para o Brasil, por causa do esperado aumento amanhã da taxa Selic e de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) programadas, como a da Qualicorp (que pode atingir de R$ 1,161 bilhão a R$ 1,861 bilhão) e da Brazil Pharma, de até R$ 519,750 milhões com lotes extras, informaram operadores de câmbio consultados pela Agência Estado.
À tarde, nem mesmo a advertência do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, de que a Europa está “diante do risco real do primeiro estado de insolvência descoordenada dentro da zona do euro”, se a Grécia não receber mais apoio, abalou a força do euro.
O alerta foi feito por meio de carta de Schaeuble ao presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, e aos ministros das Finanças da zona do euro, de acordo com o jornal alemão Die Welt. Segundo o jornal, Schaeuble considera necessário um novo pacote de ajuda para a Grécia.