Grupos rivais alternavam vaias e aplausos para os deputados que se revezavam na tribuna
25/05/2011
Marta Salomon e Eugênia Lopes – O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA
A votação do Código Florestal lotou ontem as galerias da Câmara. Eram cerca de 200 manifestantes que ora aplaudiam, ora vaiavam os deputados que se revezavam na tribuna da Câmara para discursar sobre o projeto.
O clima mais parecia o de um programa televisivo de auditório que o de uma votação de projeto de lei. As galerias foram tomadas tanto por ruralistas, favoráveis ao texto do relator Aldo Rebelo (PC do B-SP), quanto por ambientalistas, contrários ao relatório do deputado comunista.
Uma das pessoas mais aplaudidas pelos ambientalistas foi o ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho (PV-MA), conhecido como Zequinha Sarney. Ele fez um discurso contra o projeto, alegando que a proposta era um “retrocesso”.
Sarney foi ovacionado pela plateia de ambientalistas, alguns deles vestindo camisetas vermelhas com a inscrição da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “É uma coisa inédita ver a CUT toda fardada aplaudindo o Sarney”, ironizou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos líderes da bancada ruralista.
Tensão. Assim como em todas as votações polêmicas, a segurança da Câmara permitiu apenas a entrada de manifestantes credenciados pelos partidos nas galerias do plenário da Casa. Foram distribuídas cerca de 200 senhas. Mais cedo, manifestantes contrários e favoráveis ao projeto de reforma do Código Florestal apresentado por Rebelo lotaram o saguão de entrada do Congresso. O clima ficou tenso.
Principal porta de entrada da Câmara e do Senado, a chapelaria do Congresso ficou tomada ontem por manifestantes da CUT e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Do lado da Câmara ficaram cerca de 200 militantes da CUT, que protestaram contra o projeto de Rebelo. Do lado do Senado, um grupo de 50 pessoas com camisetas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) participou de um café bancado pelo órgão.
Presidida pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO), a CNA pôs um grupo de cerca de 50 agricultores na entrada principal do Congresso, onde foi montada uma maquete dos biomas brasileiros, com plantações em encostas de soja e outros produtos, além de florestas.
A confederação montou também uma mesa com pães, frutas e bolos no saguão do Congresso.
NO TWITTER
“Brasil acordou hoje com assassinato de mais dois líderes extrativistas no Pará e foi dormir com assassinato do Código Florestal.”
PAULO ADARIO / GREENPEACE
“Câmara consolida o maior retrocesso em legislação ambiental da história: 410 x 63.”
TASSO AZEVEDO / ENGENHEIRO FLORESTAL PELA USP E CONSULTOR
“O novo Código não é mais lei biônica. Antes tinha os selos das ONGs e agora tem o selo do povo, da sociedade.”
KÁTIA ABREU / PRESIDENTE DA CNA
Grupos rivais alternavam vaias e aplausos para os deputados que se revezavam na tribuna
Marta Salomon e Eugênia Lopes – O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA
A votação do Código Florestal lotou ontem as galerias da Câmara. Eram cerca de 200 manifestantes que ora aplaudiam, ora vaiavam os deputados que se revezavam na tribuna da Câmara para discursar sobre o projeto.
O clima mais parecia o de um programa televisivo de auditório que o de uma votação de projeto de lei. As galerias foram tomadas tanto por ruralistas, favoráveis ao texto do relator Aldo Rebelo (PC do B-SP), quanto por ambientalistas, contrários ao relatório do deputado comunista.
Uma das pessoas mais aplaudidas pelos ambientalistas foi o ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho (PV-MA), conhecido como Zequinha Sarney. Ele fez um discurso contra o projeto, alegando que a proposta era um “retrocesso”.
Sarney foi ovacionado pela plateia de ambientalistas, alguns deles vestindo camisetas vermelhas com a inscrição da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “É uma coisa inédita ver a CUT toda fardada aplaudindo o Sarney”, ironizou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos líderes da bancada ruralista.
Tensão. Assim como em todas as votações polêmicas, a segurança da Câmara permitiu apenas a entrada de manifestantes credenciados pelos partidos nas galerias do plenário da Casa. Foram distribuídas cerca de 200 senhas. Mais cedo, manifestantes contrários e favoráveis ao projeto de reforma do Código Florestal apresentado por Rebelo lotaram o saguão de entrada do Congresso. O clima ficou tenso.
Principal porta de entrada da Câmara e do Senado, a chapelaria do Congresso ficou tomada ontem por manifestantes da CUT e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Do lado da Câmara ficaram cerca de 200 militantes da CUT, que protestaram contra o projeto de Rebelo. Do lado do Senado, um grupo de 50 pessoas com camisetas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) participou de um café bancado pelo órgão.
Presidida pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO), a CNA pôs um grupo de cerca de 50 agricultores na entrada principal do Congresso, onde foi montada uma maquete dos biomas brasileiros, com plantações em encostas de soja e outros produtos, além de florestas.
A confederação montou também uma mesa com pães, frutas e bolos no saguão do Congresso.
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“Brasil acordou hoje com assassinato de mais dois líderes extrativistas no Pará e foi dormir com assassinato do Código Florestal.”
PAULO ADARIO / GREENPEACE
“Câmara consolida o maior retrocesso em legislação ambiental da história: 410 x 63.”
TASSO AZEVEDO / ENGENHEIRO FLORESTAL PELA USP E CONSULTOR
“O novo Código não é mais lei biônica. Antes tinha os selos das ONGs e agora tem o selo do povo, da sociedade.”
KÁTIA ABREU / PRESIDENTE DA CNA