25/04/2011
Com informações de Reuters
A cotação do dólar comercial fechou esta segunda-feira (25) em alta de 0,13%, a R$ 1,573 na venda. Na última quarta-feira (20), a moeda norte-americana registrou o menor valor de fechamento desde agosto de 2008 (R$ 1,571). No ano, o dólar tem desvalorização de 5,58%.
O Banco Central (BC) voltou a realizar dois leilões para a compra de dólares no mercado à vista no pregão de hoje. As taxas aceitas foram R$ 1,572 e R$ 1,574. A medida busca elevar a cotação da moeda.
“O volume está bem baixo e não vejo nada de efetivamente novo no mercado. O Banco Central continua enxugando moeda, e provavelmente isso está mexendo com o dólar hoje”, comentou à Reuters João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer Corretora.
Segundo Medeiros, o fraco giro intensificou o efeito das operações. De acordo com dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, perto do final da sessão, o volume somava US$ 1,04 bilhão, cerca de metade da média diária deste mês, de US$ 2,02 bilhões.
Mas, diferentemente das últimas sessões, o contrato FRA de cupom cambial de três meses recuava pouco mais de 3%, para 5,9%. Para o operador de câmbio de uma corretora paulista, o movimento reflete ajustes após o contrato ter disparado na semana passada.
No exterior, o dólar operava praticamente estável ante uma cesta de divisas, com investidores evitando grandes apostas antes da reunião de política monetária do Federal Reserve nos dias 27 e 28. Os players devem monitorar a coletiva do chairman do Fed, Ben Bernanke, após a decisão do juro, no primeiro evento do tipo em 97 anos da instituição.
O ambiente nos mercados acionários não era dos mais animadores. Os índices Dow Jones e Standard and Poor’s 500 da Bolsa de Nova York recuavam, em meio a temores de que a escalada do petróleo diminua os lucros corporativos. A maior apreensão dos agentes também era expressa pelo índice de volatilidade da CBOE, que saltava mais de 7%.
Na terça-feira, investidores avaliarão os números referentes às contas externas de março, que devem incluir dados de fluxo cambial e posição à vista de bancos. O relatório tem divulgação prevista para as 10h30