Embrapa e França desenvolvem pesquisa genética do C. arábica

Cristiane Vasconcelos
 
O projeto “Fenotipagem, genotipagem e análise da diversidade genética e estrutura de uma coleção da Etiópia de Coffea arabica”, coordenado pelo pesquisador da Embrapa Café Luiz Filipe Protásio Pereira, é um dos aprovados no edital da Capes em parceria com a Fundação Agrópolis, da França. A Agrópolis, responsável pelo repasse financeiro ao projeto, é uma rede que integra todas as instituições de pesquisa agrícola e para o desenvolvimento sustentável do país na cidade de Montpellier, incluindo o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad). A execução da pesquisa será feita como o Cirad, um dos principais parceiros internacionais da Embrapa Café.
 
De acordo com o pesquisador Luiz Filipe, coordenador brasileiro do projeto, este não é o primeiro trabalho conjunto entre o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), instituição do Consórcio Pesquisa Café, o Cirad e a Embrapa Café, coordenadora do Programa Pesquisa Café do Consórcio. “Essas parcerias já geraram muito conhecimento e resultaram em diversas publicações científicas nos últimos anos”, destaca o pesquisador.
 
Nesta pesquisa, o objetivo é promover esforços para analisar a diversidade e a estrutura de recursos genéticos de C. arabica oriundos da Etiópia, para fornecer subsídios aos programas de melhoramento do cafeeiro. “A partir de trabalhos técnicos e científicos podemos gerar conhecimentos relevantes, como no caso da técnica dos marcadores moleculares aplicada no melhoramento do cafeeiro”, comenta Luiz Filipe, ressaltando o diferencial da pesquisa.
 
O projeto prevê a realização de viagens de cooperação técnica entre os dois países e envio de bolsistas à Montepellier. O pesquisador da Embrapa Café explica que o Brasil possui recursos e infraestrutura necessários para as pesquisas em café, mas o trabalho em conjunto permite a complementação de conhecimentos e tecnologia, além do apoio e troca de experiências no trabalho com outros pesquisadores. “Tudo isso reforça uma colaboração que já vem acontecendo entre a Embrapa Café, o Iapar e o CIRAD e que só agrega valor ao nosso trabalho”, avalia Luiz Filipe.
 
O projeto conjunto de pesquisa conta também com o apoio da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

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