Segredos para um bom café

14 de abril de 2011 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: Jornal de Notícias


2011-04-14


Maria Cláudia Monteiro


Café, expresso, cimbalino, bica, italiana, curto, comprido, normal, cortado, com açúcar ou adoçante, o que os apreciadores gostam mesmo é sem aditivos. E não há cafés grátis, desenganem-se, nem quinta-feira que é o Dia Internacional do Café.




 








foto Rui Oliveira/Global Imagens
Segredos para um bom café

 

O JN foi à rua saber de que café gostam os portuenses e ao que parece os cafés serão como os chapéus: há de muito tipo e para todos os gostos. “As pessoas mais velhas gostam mais dos compridos, talvez por achar que fazem menos mal do que os curtos”, contou Hélder Rocha, empregado de balcão há 13 anos, num café da Baixa do Porto. “Os mais novos preferem os cafés curtos e pouco aquecidos”, acrescenta, que a vida deve parecer comprida a quem a quer viver rápido.


São muitos os cafés servidos naquela que foi possível determinar como sendo a hora de ponta da toma do café, pelo menos, na cidade do Porto. Entre as 13.30 e as 14.30 horas, geralmente em grupo, que o café mais do que um vício é uma forma de convívio. “Não é só pelo café que vêm… É para estarem uns com os outros”, afiança Hélder Rocha, há anos a registar hábitos de café a partir do “Cancela Velha”.


Pedro Brito, gerente do “Guarany” partilha da constatação. “O café é uma desculpa para as pessoas se reunirem”, disse ao JN, convicto de que há na cidade “uma cultura do café”. Já Susana Pinto, funcionária do “Vício do Café”, diz distinguir facilmente os verdadeiros viciados: não usam açúcar e identificam qualquer alteração do sabor, por ténue que pareça ao mais incauto bebedor de café.



 








foto Rui Oliveira/Global Imagens
Segredos para um bom café

 

E depois há as ruas que cheiram a café e gente que devia ser justamente compensada por disseminar esse mesmo cheiro embrulhado em cartuchos pelos cantos da cidade, pelos transportes e locais de trabalho, por onde passam até ao destino final. As casas onde o café ainda se vê, em pó e em grão, onde ainda se bebe passado por filtros de papel ou saído das máquinas expresso tradicionais.


Como Noelma Ferreira, de 64 anos, que não dispensa um bom café, mas que recusa sair de casa para o tomar. Compra-o em pó na “Sanzala”, onde mais do que com o cheiro, a mimam com a garantia da saberem os seus gostos. Como antecipam também o gosto de Ângelo Podêncio, que vindo de Bragança pára na “Sanzala” por café e rebuçados.


Também na casa Cristina se prepara café, ouvidos, interpretados e entendidos os gostos dos clientes. Saber dar de beber bom café é uma arte, assegura Olívia Marques.

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