Petróleo cai e derruba agrícolas, o declínio do café (0,29%) foi contido pela forte demanda.

O declínio do café (0,29%) foi contido pela forte demanda.

ECONOMIA & NEGÓCIOS
13/04/2011 
  
 
 
Filipe Domingues – O Estado de S.Paulo


Os preços da maioria dos produtos agrícolas caíram ontem, acompanhando o petróleo. Para os participantes do mercado, o preço do óleo subiu demais, de modo que a demanda começa a ceder. O resultado foi a queda de preço, de 3,34% na Bolsa de Nova York, puxando junto outras commodities. O petróleo está diretamente relacionado ao açúcar e ao milho, pela competição com o etanol. O contrato de açúcar para entrega em maio recuou 1,77%, para 25,58 centavos de dólar por libra-peso. A desvalorização do açúcar foi limitada pelo atraso na produção do Brasil, cuja cana vem sendo destinada inicialmente à produção de etanol. As exportações da Índia também estão lentas.


Em Chicago, o milho caiu 3,03%. O grão é a principal matéria-prima do etanol nos Estados Unidos. Além disso, investidores venderam para embolsar lucros, pois recentemente os preços alcançaram níveis recorde, com oferta restrita. O trigo afundou mais (4,85%), com comportamento parecido.


A queda das commodities agrícolas (em Nova York só o cacau resistiu, e subiu 1,03%) ocorreu também porque fundos atuam simultaneamente em vários mercados. Ou seja, mesmo sem uma relação imediata com o petróleo, alguns produtos caíram por conta das vendas de fundos. Foi o caso da soja, que cedeu 2,83%, e do algodão, com queda de 2,37%. O declínio do café (0,29%) foi contido pela forte demanda. 

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