Inmet comemora Dia Meteorológico Mundial

Com o tema “Clima para você”, evento será marcado por série de palestras para celebrar os 61 anos da Organização Mundial de Meteorologia (OMM)

Brasília (23/03/2011) – O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) promove nesta quarta-feira, 23 de março, uma série de palestras em comemoração ao Dia Meteorológico Mundial. O evento, que neste ano tem como tema “Clima para você”, pretende mostrar à sociedade a importância do clima no cotidiano, tratando de assuntos como mudanças climáticas e desastres naturais.

A data marca os 61 anos da fundação da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), agência especializada da ONU que trata do Tempo, do Clima e da Água e tem sede em Genebra, na Suíça. A Organização normatiza e coordena os aspectos operacionais das instituições meteorológicas de todos os países, a fim de que uma melhor previsão possa ser feita em longo prazo.

Desde 1827, com a criação do Imperial Observatório do Rio de Janeiro, o Brasil busca estabelecer formas eficientes de prever o tempo para atender, sobretudo, às áreas de navegação, agricultura e, atualmente, aeronáutica e defesa civil. Investimentos em novas tecnologias e a instalação de mais de 700 estações por todo o país transformaram o Inmet em uma instituição confiável, capaz de monitorar e prever o tempo e o clima com segurança.
Diariamente, estações convencionais e automáticas, satélites e bóias coletoras de dados enviam informações para o Centro Regional de Telecomunicações Meteorológicas, em Brasília. Seis satélites meteorológicos coletam informações sobre a América do Sul. Quatro deles, de órbita polar, percorrem o planeta de pólo a pólo e os demais satélites, geoestacionários, coletam dados e imagens continuamente sobre a mesma área do planeta.

As estações meteorológicas convencionais contam com aparelhos mecânicos e especialistas que interpretam e passam os dados à sede do Inmet. Além disso, nas quase 500 estações automáticas, sensores de temperatura, ventos, umidade, radiação solar, chuva e pressão são responsáveis pela coleta das informações de modo contínuo e automático. Bóias ancoradas e à deriva nos oceanos também ajudam no mapeamento de dados sobre a pressão atmosférica e a temperatura do mar.

As informações coletadas são processadas em supercomputadores que, segundo o consultor em Tecnologia da Informação do Inmet, José Maurício Guedes, geram modelos de previsão numérica que são interpretados pelos meteorologistas e resultam na previsão do tempo. Um modelo numérico reúne e codifica os dados recebidos, transformando-os em cálculos que simulam o comportamento futuro da atmosfera. Para isso, o Instituto possui máquinas capazes de realizar aproximadamente cinco trilhões de operações matemáticas em um segundo.
Os cálculos processados pelos computadores são interpretados pelos meteorologistas. Todos os dias, os especialistas da sede e dos Distritos de Meteorologia do instituto se reúnem virtualmente para elaborar um consenso sobre a previsão lançada na mídia.

Para o diretor do Inmet, Antônio Divino Moura, ainda há muito a ser aprimorado para que o instituto seja capaz de fazer previsões climáticas com mais segurança. Uma das principais metas do diretor é a recuperação e digitalização dos dados atmosféricos registrados no Brasil nos últimos 100 anos. Com o acesso aos mais de 12 milhões de documentos, será possível o desenvolvimento de um modelo mais próximo da realidade: “O melhor modelo climático é aquele que a mãe natureza realizou para nós nos últimos 100 anos. A interpretação da realidade climática, do que já aconteceu nas últimas décadas, vai permitir estudos de adaptação mais seguros e apoiar as simulações feitas pelos modelos de modelagem numérica do clima”, diz. (Da Redação)

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