O dólar comercial fechou em baixa de 0,60%, a R$ 1,6700, no mercado interbancário de câmbio. Na semana, porém, a moeda dos EUA acumulou alta de 0,36% ante o real. O dólar caiu ante o real hoje, após três altas seguidas, acompanhando o movimento externo de baixa da divisa norte-americana em relação a seus principais pares, com exceção do iene.
A moeda japonesa recuou hoje no mercado de moedas, reagindo à intervenção dos países do G-7 (que reúne as sete maiores economias do mundo) por meio da venda de ienes para ajudar o Japão a conter o avanço da sua moeda, que encarece o custo das exportações e o da reconstrução do país. Somente o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) teria usado entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão para intervir hoje.
Diante das demais divisas, no entanto, prevaleceu o sinal de baixa da moeda norte-americana, uma vez que a ação do G-7 tranquilizou os investidores, assim como o cessar-fogo imediato anunciado pela Líbia, depois que a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou ontem à noite a criação de uma zona de exclusão aérea sobre o país. O aumento do compulsório dos bancos em 0,50 ponto na China não mexeu com a formação de preço do dólar ante moedas de países emergentes, como o real.
No Brasil, o declínio no dia do dólar teve intensidade mais fraca do que no exterior, porque persiste a espera pelo anúncio de medidas cambiais, disse um operador de tesouraria de um banco local. Segundo a fonte, o fluxo cambial foi muito pequeno e aparentemente negativo. O Banco Central voltou a fazer hoje, a exemplo dos últimos dois dias, apenas um leilão de compra de dólar à vista. A taxa de corte foi de R$ 1,6715.