São Tomé – As Nações Unidas e uma organização britânica +Café Direct+ está a ajudar os fazendeiros de São Tome e Príncipe a aumentar as suas receitas através da produção de cacau.
Em 1998 houve uma queda no preço do cacau. Para países como São Tome e Príncipe o resultado foi devastador. Muitos produtores perderam a fé no cacau como fonte de renda.
Alguns chegaram mesmo a prever o fim da indústria do cacau no arquipélago. A produção baixou e um quarto dos fazendeiros passou a viver abaixo da linha de pobreza.
Mas um estudo feito por uma firma francesa indica que se os fazendeiros produzissem cacau orgânico poderiam melhorar o preço dos seus produtos. Agora, numa iniciativa apoiada pelas Nações Unidas e pela organização britânica Cafe Direct, a fortuna dos produtores de cacau está a transformar-se.
Juntando-se em cooperativas de processamento do cacau, os produtores de cacau têm conseguido lucrar muito mais com as suas culturas.
A directora da Cafe Direct, Anne MacCraig, viajou para o arquipélago para testemunhar os progressos: \”Eles têm o equipamento para fermentar o produto e a partir daí trabalharem juntamente com outros grupos, para poderem secar o cacau, armazenar tudo no mesmo armazém e depois exportar. Conseguem agora, beneficiar de um preço cinco vezes mais alto do que antes.\”
Antes do início deste projecto em 2004, São Tome produzia apenas 50 toneladas de cacau. Até os meados do ano passado, a produção subiu para 600 toneladas de cacau orgânicos para o comércio justo. Muitos produtores conseguiram melhorar as suas casas e comprar bicicletas, geradores, rádios e congeladores.
As cooperativas estão também a investir em clínicas de cuidados básicos de saúde e higiene. E os consumidores podem apreciar o melhor do chocolate de São Tomé e Príncipe.