23/12/2010 – A Província de Huila é a segunda na Colômbia que mais exporta café certificado Rainforest Alliance e está muito próxima de superar a Província de Santander. Nesses momentos, Santander e Huila lideram as exportações de café certificado Rainforest Alliance a nível da Colômbia em uma competição muito acirrada, segundo confirmou o diretor de Mercado, Alex Morgan.
Quando questionado sobre quais benefícios econômicos os cafeicultores podem ter ao implementar essa certificação, ele disse que \”para entrar em um programa de certificação, deve-se ter acesso a uma assistência técnica e, quando se consegue ter acesso a ela, todos os processos melhoram, tornam-se mais eficientes e, em alguns casos, aumenta-se a produtividade graças a essas novas práticas que começam a implementar no cultivo. Todo o melhoramento que se faz do sistema produtivo é o que gera benefícios econômicos para os cafeicultores. E claro que também existem compradores que estão dispostos a pagar pelos produtos certificados\”.
\”Observa-se que tem havido um crescimento sustentado da demanda de café certificado em uma média de 77% a cada ano, desde 2003. No ano passado, foram comercializadas 87.000 toneladas de café certificado Rainforest Alliance a nível mundial e a projeção que se tem para esse ano é de fechar com uma comercialização de mais de 110.000 toneladas. Os principais mercados são Estados Unidos, Canadá, Austrália, Europa Ocidental (França, Espanha, Alemanha) e Reino Unido, Japão e Coreia\”.
De acordo com Morgan, na Colômbia, a Província de Santander está trabalhando em um programa de certificação há mais ou menos três anos. Em Huila, tem havido um crescimento muito grande, com as duas regiões estando muito próximas em termos de produção de café certificado.
Ele citou a qualidade do café de Huila, dizendo que é \”maior do que o normal\”, acrescentando também o fato de que nessa Província, as fazendas certificadas implementaram um sistema de tratamento de água muito básico, mas que funciona e cumpre com as normas de agricultura sustentável e que as águas que são retornadas aos rios estejam filtradas, não contaminando o rio. \”São soluções muito básicas, mas funcionam\”.
\”Outro aspecto que me pareceu importante em Huila é que, quando os cafeicultores entram em um programa de certificação, têm a necessidade de se organizar e se associar como um grupo e isso gera uma melhora contínua e a oportunidade de compartilhar com o vizinho e de melhorar as relações sociais. Além disso, há a possibilidade de reunir uma importante quantidade de café e comercializá-lo diretamente com um comprador e isso fortalece o grupo, a organização, a sociedade e possibilita que se desenvolvam profissionalmente\”.
A reportagem é do LaNacion.com.co, CaféPoint.