fonte: Cepea

Com fazer a Colheita do Café Natural

 DIGA SIM À QUALIDADE E NÃO
AOS ERROS QUE DESTROEM A QUALIDADE.



  • NÃO comece a colheita com porcentagens
    altas de frutos verdes



  • NÃO misture café de derriça com o de
    varrição



  • NÃO amontoe café recém-colhido na roça,
    carreta e tanques de recepção



  • NÃO seque em camadas e leiras altas no
    início da secagem, exceto o café verde



  • NÃO trabalhe o secador com meia carga



  • NÃO ultrapasse 45°C (côco) ou 40°C
    (pergaminho) medido na massa de café
    quando no secador



  • NÃO use sacaria com cheiros estranhos



  • NÃO armazene café em locais com alta
    umidade, alta temperatura e muita luz



  • NÃO armazene outros produtos na tulha ou
    armazém de café



  • NÃO comercialize o café sem conhecer a
    qualidade


 


PREPARAÇÃO DA
COLHEITA
 

A preparação da colheita deverá ser feita com
antecedência para evitar imprevistos de última hora e prejuízos à qualidade do
café.


 


MANUTENÇÃO E
LIMPEZA



  • Limpe bem e conserte, quando necessário,
    toda infraestrutura e equipamentos usados no período de colheita: tratores e
    caminhões; terreiros, tulhas e armazéns, secadores e máquina de beneficio.


  • Elimine os frutos e grãos da safra passada
    das máquinas e veículos.


  • Mantenha as estradas de acesso à lavoura
    bem conservadas.


  • Providencie os materiais de colheita,
    secagem e beneficio: escadas, sacos, combustível, peças de reposição, etc.

 


ARRUAÇÃO



  • Limpe e prepare o solo em volta do
    cafeeiro antes que os frutos amadureçam.

 


 


 


 


VARRIÇÃO



  • Recolha os cafés caídos no chão antes da
    colheita pois este café de varrição poderá conter frutos e grãos já
    deteriorados.


  • Não misture o café de varrição com café de
    derriça.

 


DERRIÇA    



  • Comece a derriçar quando a maior parte dos
    frutos estiver madura e seca.


  • Evite colher muito cedo pois a grande
    quantidade de frutos verdes causa perda de qualidade e renda.


  • Evite colheita tardia pois frutos que caem
    no chão aumentam a incidência de grãos ardidos e pretos.


  • Derrice sempre no pano e levante o café no
    mesmo dia da colheita. Se derriçar no chão levante o café imediatamente após a
    derriça.


  • Em caso de colheita mecânica selecione o
    tipo e porte do equipamento de acordo com a declividade e o espaçamento; opere o
    equipamento de modo a colher o mínimo de frutos verdes e causar o mínimo dano à
    planta.


  • Como os cafés de melhor qualidade são
    colhidos no estágio de cereja madura, a derriça manual ou mecânica pode ser
    feita em mais de um estágio, concentrando-se cada “passada” na parte da árvore
    onde predominam as cerejas maduras. Esta técnica diminui a porcentagem de verdes
    e permite preparar maiores volumes de cereja descascado.


  • Providencie os materiais de colheita,
    secagem e beneficio: escadas, sacos, com- bustível, peças de reposição,etc.

 


ABANAÇÃO 



  • Abane o café em peneiras ou
    abanadores para retirar folhas, gravetos, terra, etc., que devem permanecer no
    cafezal.

 


 


 



REPASSE



  • Recolha os frutos no pé ou no chão no fim
    da colheita para evitar ataques de broca na safra seguinte.

 


LIMPEZA E SEPARAÇÃO 



  • Use lavadores de café para eliminar
    impurezas e separar os cafés mais leves (bóias) dos frutos mais pesados (verdes
    e cerejas).


  • Envie os cafés bóias diretamente à secagem.


  • Envie os cafés verdes e cerejas ao
    descascador de cereja para separar os verdes, descascar os cerejas (maduros) e
    separar a polpa que envolve o pergaminho.


  • Inicie a secagem imediatamente após o
    descascamento.


  • Nunca deixe o café recém-colhido pernoitar
    ensacado ou amontoado na roça ou no terreiro para evitar esquentamento e
    fermentações que prejudicam a qualidade.

 


SECAGEM  



  • Seque sempre os cafés bóias, cerejas
    descascados e verdes separadamente.

 


SECAGEM AO SOL 



  • Esparrame o café observando sempre a
    direção do sol, isto é, o terrereiro deve caminhar sobre sua sombra ou com o sol
    à sua frente.


  • Bóia – no inicio da secagem esparrame o
    café em camadas finas de 2 e 3 cm de altura e revolva no mínimo 10 vezes ao dia,
    nos dois sentidos, para acelerar a secagem e evitar o aparecimento de grãos
    fermentado s e mofados.


  • Cereja descascado – no início da secagem
    esparrame o café em camadas finas, de não mais de 2cm, e revolva com o rodo
    ondulado no mínimo 20 vezes ao dia, nos dois sentidos, para provocar a secagem
    rápida da mucilagem e evitar que os grãos de pergaminho grudem uns nos outros.


  • Em caso de chuva não enleire e revolva com
    maior freqüência. Após 4 ou 5 horas de pleno sol ou pelo menos um dia seco sem
    chuva no terreiro, confirme que a mucilagem secou. Encha a mão de pergaminho e
    verifique que ao deixar o café cair os grãos não permanecem grudados na palma da
    mão. Depois que a mucilagem secar o processo de secagem é como o do bóia.


  • Enleire o café em leiras de 5 a 10cm de
    altura todas as tardes, desde o início da secagem para os bóias e somente após a
    secagem da mucilagem para o cereja descascado – pergaminho). À medida que os
    dias passam, engrossar as leiras para 20 a 3 0cm até que atinja a meia seca.


  • Verde – desde o início da secagem esparrame
    o café em camadas grossas, de cerca de 50cm e revolva no mínimo 5 vezes ao dia,
    nos dois sentidos, até que o café escureça, isto é, tome-se preto por fora.
    Depois prossiga a secagem como feito  para o bóia. A secagem lenta e à
    baixa temperatura do verde evita que os grãos imaturos se tomem verde-escuro ou
    preto-verde.


  • Após a meia seca amontoe e cubra o café, no
    final da tarde, para uniformizar a seca.


  • Na fase final de secagem cubra o café em
    caso de chuva.

 


 


 


 


SECADOR MECÂNICO 



  • Use sempre secadores com fornalha de
    fogo indireto (trocador de calor) ou queimador de gás para evitar que o café
    fique com cheio de fumaça. Use a própria casca do café como combustível barato
    (que evita a derrubada de florestas).


  • Seque separadamente o bóia, cereja
    descascado (pergaminho) e verde.


  • Somente carregue o secador com o
    cereja descascado depois que a mucilagem tiver secado ao sol para que os grãos
    não grudem um no outro e nas paredes do secador (ver secagem ao sol).



  • Carregue o secador com cafés que
    tenham o mesmo teor de umidade (não misture cafés colhidos em dias diferentes)
    para diminuir o tempo de secagem, economizar combustível e o ter um produto com
    seca uniforme.


  • Encha bem o secador para evitar perda
    de calor, aumento do tempo de secagem e gastos desnecessários de energia.



  • Não deixe a temperatura da massa do
    café ultrapassar 45°C para o bóia, 40°C para o cereja descascado (pergaminho) e
    30°C para o verde.


  • Seque o verde lentamente, com
    temperaturas abaixo de 30°C, para evitar a trans- formação dos mesmos em
    defeitos verde-escuro e preto-verde.


  • Seque o cereja descascado em
    secadores rotativos para evitar que o pergaminho grude nas paredes quando úmido
    e para evitar dano físico ao pergaminho durante a secagem.



  • Em, regiões onde o clima dificulta a
    secagem natural da mucilagem (pré-secagem ao sol do cereja descascado), o
    pergaminho pode ser passado muito rapidamente num desmucilador de fluxo
    ascendente para remover o excesso de mucilagem e acelerar a pré-secagem ao
    sol.

 


LEMBRE-SE: 


  • O café seco deve ter 11% de umidade.


  • Controle a umidade do café que está sendo
    secado usando um determinador de umidade ou pesando o produto. Dez litros de
    café em coco seco a 11% devem pesar entre 4,2 e 4,5 kg.


  • Descarregue o secador quando o café tiver
    com a umidade 1 ou 2 % acima de 11% porque o café armazenado quente continua
    secando.


  • Não seque demais o café para evitar perda
    de peso e quebra de grãos no descasque.


  • Não armazene o café com excesso de umidade
    para evitar a formação de mofo.

 


ARMAZENAGEM 



  • É melhor armazenar o café em coco ou
    pergaminho do que beneficiado para preservar as características originais do
    produto. Condições inadequadas de armazenamento podem dar ao café gosto de
    madeira, sacaria, mofo, etc.


  • Mantenha o café em coco ou pergaminho seco
    em tulhas, de preferência de madeira, por um período mínimo de 30 dias.


  • Mantenha o café beneficiado em sacos limpos
    e sem cheiro, em armazéns com piso impermeável.


  • As tulhas e armazéns devem ser construídos
    em áreas ensolaradas, bem drenadas e ventiladas, com temperatura ambiente em
    tomo de 20°C e umidade ambiente máxima de 65%.



  • Tulhas e armazéns devem ser
    escuros pois o café, especialmente quando benefi- ciado, perde cor quando
    exposto á luz.


 


TRANSPORTE



  • Transporte o café recém-colhido para o
    lavador tão rápido quanto possível e sempre no mesmo dia da colheita.


  • Certifique-se que carretas e caminhões
    estão secos e limpos antes de receber o café.


  • Use sacos sem cheiro e sem furos ou rasgos.


  • Evite que o café se aqueça ou fique abafado
    durante o transporte.

 


QUALIDADE



  • Embora qualidade seja um assunto complexo,
    o próprio cafeicultor pode e deve determinar a maioria das características de
    seu café. Apenas a prova de xícara requer especialistas.


  • Conheça a qualidade de seu café antes da
    comercialização para melhor avaliar seu produto e obter melhores preços.


  • A qualidade e preço de seu café dependem da
    renda, teor de umidade, tamanho (peneiras), aspecto, cor, uniformidade e,
    principalmente, tipo e qualidade da bebida.


  • Lembre-se que as características acima são
    afetadas pelo preparo de seu café e somente um preparo cuidadoso pode preservar
    características importantes da bebida, como o aroma, o corpo e a doçura. O bom
    preparo evita cafés fermen- tados, com cheiro de fumaça, quebrados, com cheiro
    de sacaria, etc.


  • Faça a classificação e degustação em sua
    cooperativa ou compare as avaliações, feitas por compradores diferentes.


  • A bebida é afetada pelo sistema de preparo
    (natural ou cereja descascado). O sistema cereja descascado é recomendado para
    regiões onde há dificuldade em se obter cafés de bebida boa e também para baixar
    os custos de secagem em todas as regiões.

 


COMERCIALIZAÇÃO



  • Os cafés que conseguem obter os
    melhores preços são aqueles de boa bebida, suaves, com bom aroma e bom corpo,
    peneiras altas, poucos defeitos, cor, seca e aspecto uniformes.



  • Prepare bem seu café para evitar
    perdas de preço. O bom preparo de um café não representa custos adicionais mas
    sim ganho de preço


  • Não armazene café além do necessário
    pois algumas das principais características do café são perdidas com o
    tempo.


  • Armazene o café em coco ou pergaminho
    pois a perda de qualidade é maior quando o café é armazenado já
    descascado.


  • É melhor vender café já beneficiado
    do que em coco ou pergaminho.

 


CAFÉ DESPOLPADO OU
LAVADO



  • Além do processo natural (via seca)
    preferido pela maioria dos cafeicultores paulistas, também se processa café por
    via úmida no Estado de São Paulo, principalmente pelo sistema cereja descascado,
    que melhora a bebida e baixa custos de secagem.


  • O sistema úmido é utilizado em 2
    versões: o cereja descascado, muito mais usado e já descrito antes, e o
    despolpado. Em ambos os casos os cafés bóias são separados no lavador,
    seguindo-se separação de verdes e a remoção da polpa das cerejas maduras em
    máquinas projetadas para tal fim.


  • No sistema cereja descascado o café
    sem polpa, chamado de pergaminho, é secado com a mucilagem. No sistema
    despolpado ou lavado a mucilagem é removida, usando-se a fermentação natural em
    tanques ou máquinas chamadas desmuciladores, antes de secar o pergaminho.


Fonte:Tulha agroinformações – www.tulha.com.br

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