20/10/10

Commodities Agrícolas

As cotações do café \”desafiaram\” a valorização do dólar no mercado internacional e registraram forte alta ontem nas bolsas internacionais. Segundo as agências internacionais, uma disponibilidade menor que a prevista da variedade robusta no Vietnã colaborou para sustentar os preços da commodity na bolsa de Londres, e o movimento teve reflexos também em Nova York, onde é negociada a variedade arábica, a mais exportada pelo Brasil. No mercado nova-iorquino, onde também pesou a queda dos estoques nos EUA, os contratos com vencimento em março subiram 525 pontos e alcançaram US$ 1,9275 por libra-peso. No Brasil, a saca de 60,5 quilos do café de boa qualidade saiu entre R$ 320 e R$ 325, segundo Escritório Carvalhaes, de Santos.

Compras de fundos e operações de arbitragem determinaram a valorização das cotações do café ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em setembro encerraram o dia negociados a US$ 1,1575 por libra-peso, em alta de 340 pontos – mesma variação positiva dos papéis para entrega em dezembro, que fecharam a US$ 1,1970. Traders ouvidos pela agência Dow Jones Newswires afirmaram que estão de olho na possibilidade de que as baixas temperaturas que vigoram na Argentina “subam” e afetem a produção brasileira, o que, se acontecer, tende a impulsionar os preços. No mercado doméstico, a saca de 60 quilos de café de boa qualidade saiu entre R$ 235 e R$ 240, conforme o Escritório Carvalhaes, de Santos.
 

Os preços futuros do café robusta fecharam com forte alta na bolsa de Londres, como reflexo das compras de especuladores. Os contratos para março encerraram a US$ 1.626 a tonelada, ganho de US$ 36. Analistas ouvidos pela Bloomberg informaram que a direção do mercado de Londres dependerá da abertura da bolsa de Nova York hoje. Relatório da Diapason Commodities mostra que trigo, cacau e café deverão ser as commodities de melhor desempenho neste ano, num momento em que a demanda supera a oferta. “Os estoques estão exauridos”, disse Stephan Wrobel, sócio da empresa, que administra US$ 5 bilhões em ativos, além de 14 fundos. Em São Paulo, a saca de 60 quilos de café de boa qualidade foi negociada entre R$ 295 e R$ 305, segundo o Escritório Carvalhaes.