Encontro de Genebra foi solicitado por parceiros interessados em informações e experiência
O diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva, será orador em reunião de representantes do mercado mundial de café, nesta sexta-feira, 8 de outubro, em Genebra (Suíça). A promoção é da Federação Suíça de Café – Swiss Coffee Trade Association (SCTA, sigla em inglês), que fez o convite ao diretor brasileiro em reconhecimento ao protagonismo do país no mercado internacional cafeeiro.
A SCTA reúne indústrias de torrefação do café suíço, responsável por um percentual significativo no comércio mundial do grão. O encontro em Genebra foi solicitado por parceiros internacionais interessados na troca de informações e experiências. Os objetivos são incentivar a participação de segmentos especiais da indústria do café, com base na Ásia, Américas, Europa e Estados Unidos, e promover o fortalecimento mundial do grão.
Liderança mundial – Mais de 31% do café produzido no mundo é brasileiro. A colheita nacional em 2009 alcançou 39,4 milhões de sacas de 60 quilos. Duas espécies são cultivadas no Brasil: a conilon ou robusta, em regiões com altitude abaixo de 500 metros, e a arábica, em áreas com altitude acima de 600 metros. Do total produzido no último ano, 28,8 milhões de sacas foram do tipo arábica e 10,6 milhões do conilon.
A elevada produção colocou o café brasileiro como quinto item na pauta de exportações do agronegócio no ano passado. As 39,47 milhões de sacas da safra renderam US$ 4,27 bilhões para a economia do Brasil. Os principais países importadores do café verde brasileiro são Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão. Já os grandes compradores do café solúvel são Estados Unidos, Rússia, Ucrânia e Reino Unido. O café torrado e moído é vendido principalmente para os Estados Unidos, Itália, Colômbia e Argentina.
Além de maior produtor e exportador, o Brasil ocupa a posição de segundo maior consumidor mundial do grão, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2009, foram consumidas 18,5 milhões de sacas de café. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a melhora da qualidade do produto brasileiro pode justificar o aumento do consumo interno. A expectativa da Abic para 2010 é que esse número chegue a 19,3 milhões de sacas.