Colômbia deve produzir 11 milhões de sacas em 2010

Consumo global de café continua crescendo cerca de 2% anualmente

Agência Reuters


A Colômbia deverá produzir cerca de 6 milhões de sacas de 60 quilos de café na segunda metade desse ano, capacitando o país a cumprir sua meta de produção de 2010, apesar dos efeitos prolongados do clima adverso e de doenças do ano passado, disse o gerente da Federação de Café do país. Com esse nível de produção, a Colômbia alcançaria sua meta anual para 2010 de 10 a 11 milhões de sacas e se recuperaria da queda na produção, para 7,8 milhões de sacas em 2009, quando o clima desfavorável e um programa de renovação reduziram sua produção.


A Colômbia, maior produtor mundial de café arábica lavado de alta qualidade e o terceiro maior exportador de café, produziu cerca de 4,04 milhões de sacas na primeira metade desse ano ou um pouco menos que sua meta, de 5,15 milhões, para o período.


\”A Colômbia continua recuperando sua produção e a boa notícia é que essa segunda metade será uma das melhores dos últimos anos\”, disse o diretor da Federação, Luis Genaro Muñoz, no evento de celebração dos 50 anos do Juan Valdez, marca registrada símbolo do café colombiano.


Melhor clima, cafezais recentemente renovados e melhor uso de fertilizantes ajudaram o país a melhorar sua produção após a queda que aumentou os premiums aos grãos colombianos de café arábica no mercado global.


O Governo colombiano e a Federação de Cafeicultores informaram na semana passada sobre um programa de cinco anos que visa aumentar as áreas de café em 200.000 hectares até 2015, com relação aos 888.000 hectares atuais, para aumentar a produção de café para 14 milhões de sacas. O programa também pede pela renovação de 245.000 hectares de cafezais envelhecidos durante os próximos cinco anos.


\”As fazendas de café têm espaço para continuar crescendo à medida que planejamos continuar trabalhando na renovação. A ideia é manter aumentando tentando alcançar cerca de 1 milhão de hectares até 2020, gradualmente, e de forma organizada, de forma que a oferta de café não afete os preços\”, disse Muñoz.


A Federação planeja convencer os produtores que atualmente têm plantações de cítricos, como laranja, misturadas com café, para gradualmente mudar para grãos de café. Outros planos são de compra de novos hectares.


Para chegar a 200.000 novos hectares de café, a Federação planeja promover fazendas com menos de cinco hectares dos quais três devem ser plantados com café. As novas áreas devem gerar 160.000 novos empregos.


Muñoz disse que os cafeicultores e exportadores receberam US$ 30,5 milhões a menos de receita na primeira metade do ano como resultado do fortalecimento da moeda local. Com a valorização do peso colombiano, os exportadores que recebem em dólar, mas pagam os custos com a moeda local foram prejudicados. O peso colombiano fortaleceu cerca de 11% até agora nesse ano com relação ao dólar.


Os preços do café colombiano e dos grãos de arábica deverão se manter altos em meio à maior demanda por café e baixos estoques do grãos, disse Muñoz. O consumo global de café continua crescendo, cerca de 2% anualmente, enquanto a produção global somente cresceu em 0,9% anualmente, disse ele, notando que o consumo anual de café continuará crescendo em 2% por ano até 2020.


 

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