1 milhão de empregados |
Roriz comemora meta lançada em março e conquistada em novembro |
O Distrito Federal tem um 1.000.001 pessoas empregadas. Essa foi a novidade anunciada ontem, durante divulgação da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) referente ao mês de novembro. Em sete anos de governo, foram criados 253,1 mil postos de trabalho. Quando o governador Roriz assumiu, em 99, o DF tinha 746,9 mil pessoas ocupadas. A meta de um milhão de empregos, considerando uma população estimada em 2,3 milhões de habitantes, foi considerada uma vitória pelo governador. “Agora, a cidade passa a ter vida própria. É Brasília sendo descoberta pelo Brasil”, comentou. A meta foi lançada quando o deputado distrital Gim Argello (PTB) assumiu a Secretaria de Trabalho, em março. Nessa época, o DF tinha 945,1 mil pessoas empregadas. Na cerimônia realizada no Palácio do Buriti, o governador Roriz recebeu um certificado, por ter alcançado o objetivo. “O emprego é garantia de dignidade do cidadão e muito me orgulho de ter conseguido tal patamar. Agradeço, mas agora é hora de pensar no futuro”, afirmou Roriz. Para ele, depois de obras como a Ponte JK, o Metrô, os 100% de esgoto tratado, a L4 Norte, o futuro do DF é Corumbá IV e a ferrovia do trem-bala. O governador, na companhia do secretário Gim Argello, recebeu ainda uma placa com o número 1.000.000. Ambos a entregaram a Gecilene Alves Rabelo, de 24 anos. Ela é a milionésima contratada no DF. “Estive quatro meses desempregada e sei bem o quanto está difícil. Estou muito feliz hoje, porque nessa empresa terei chances de crescer, eu só precisava de uma oportunidade”, comentou. otimismoGecilene foi contratada pela empresa nordestina Santa Clara, de café, por meio da Agência do Trabalhador. Ela vai trabalhar de demonstradora do produto em supermercados. “Fizemos um estudo do mercado brasileiro e Brasília se mostrou muito promissora”, afirmou o gerente de Vendas da Santa Clara, Ayrton Santiago. De acordo com ele, em dois meses de Brasília, a empresa contratou 75 pessoas e a meta é chegar a 300 em dois anos. Apesar da euforia pela meta de um milhão de ocupados, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-Econômicos (Dieese), responsável pela PED, a taxa de desemprego aumentou, interrompendo uma seqüência de sete meses em queda. Em outubro, a taxa era de 18,2% e em novembro chegou a 18,4%, um acréscimo de 1,1%. Segundo Antônio Ibarra, coordenador da pesquisa pelo Dieese, o fato deve-se à expansão do mercado de trabalho. “Mais pessoas estão procurando emprego e mais pessoas estão entrando, portanto, conseqüentemente o número de pessoas que não conseguem uma vaga aumenta”, explica. O Comércio teve o melhor desempenho em novembro, com crescimento de 2,7%, enquanto que a Indústria de Transformação liderou a retração, com queda de 3,8%. Entre setembro e outubro, o rendimento médio dos ocupados apresentou redução de 2,3%, passando de R$ 1.321 para R$ 1.291. |