(14/12/2005 – 20h41) — Acompanhando a queda em Londres vendas de fundos e especuladores levaram Nova Iorque a atingir mínima de 480 pontos nesta quarta-feira, porém novas compras de fundos e indústrias limitaram a baixa e a posição março encerrou o dia com baixa de 160 pontos. No interno compradores cautelosos reduziram suas bases e vendedores se ausentaram das negociações. Notícias veiculadas, deram conta que o presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado Carlos Melles (PFL-MG) juntamente com representantes do Conselho Nacional do Café (CNC) e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) reuniram-se hoje com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, para pedir que o governo lance um programa de opção de venda de café para os anos de 2006 e 2007. Foi apresentado ao secretário um estudo mostrando a elevada taxa de variação dos preços do produto no mercado internacional. Segundo Melles, a proposta foi bem recebida por Murilo Portugal, mas ainda não há decisão tomada sobre o tema, o que só deverá ocorrer no início do ano que vem. O parlamentar demonstra otimismo em relação a uma decisão favorável do governo ao lembrar que os programas de opções em 2002 e 2004 foram bem sucedidos. A Conab divulgou hoje os estoques de café em poder da iniciativa privada, segundo o levantamento os estoques somavam em 30 de setembro 21,8 milhões de sacas, esta estimativa foi divulgada apenas hoje pois os membros do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) decidiram transferir para a Conab a administração de 28 armazéns e dos estoques do extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC). Dos 1.007 questionários distribuídos aos agentes da cadeia produtiva cafeeira, que representam a possibilidade de ter estoques armazenados, 80% responderam a pesquisa. Neste caso, o estoque apurado foi de 17,6 milhões de sacas. Considerando os que não responderam os questionários ou deixaram de se identificar (20% dos entrevistados) e tomando como base modelo estatístico de levantamento, a Conab concluiu que os números encontrados naquele período permitiram considerar a extrapolação da pesquisa, chegando a 21,8 milhões de sacas do produto em poder do setor privado. Do volume projetado, 20,3 milhões de sacas são de café arábica e 1,5 milhão de sacas de conillon, correspondendo, respectivamente, a 93% e 7%. Dessa forma, a oferta total do produto em setembro, juntamente com os estoques governamentais (3,6 milhões de sacas) e o restante do café colhido no último mês de outubro (1,6 milhão de sacas), atingiram o volume global de 27 milhões de sacas, o que vai significar um estoque de passagem de 5,6 milhões de sacas em março de 2006.