Café: comercialização deve se intensificar nas próximas semanas e produtores devem adotar postura de vendas para se beneficiar da boa onda de preços e do câmbio, que se mostra favorável ao mercado.
22/06/2010
A colheita desta safra brasileira de café já atinge os 20% nas principais
regiões do Brasil. Do momento atual para as próximas semanas, portanto, a
comercialização deve se intensificar. Mesmo com isso e com o histórico de ser
uma temporada de maior pressão nos preços, o mercado do café trabalha de forma
positiva, com uma valorização de US$30 no mercado futuro e os R$300 no físico.
Segundo o analista de mercado da Maximus Agentes de Investimentos, André
Santaella, esse avanço das cotações são reflexo dos baixos volumes de café
certificado em Nova York – 2,5 milhões de sacas – e isso acaba deixando a bolsa
mais leve para as negociações.
Com isso, a orientação é que o produtor passe a assumir uma postura vendedora
com o objetivo de conseguir se beneficiar dos bons preços e do câmbio, que
atualmente está favorável.
As perspectivas para o clima são as melhores. O
tempo segue bem firme, sem chuvas, sem grandes ocorrências de frio, construindo
um cenário positivo para a produção de um grão de qualidade.
USDA
Segundo informações divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos), a produção mundial de café para safra 2010/11 deverá ser de
139,7 milhões de toneladas.
A safra brasileira, segundo o departamento, será de 55,3 milhões de sacas,
sendo 41,8 milhões da variedade arábica.
Ainda de acordo com o USDA, a Colômbia produzirá cerca de 9 milhões de sacas
e o Vietnã 18,7 milhões.
Para o consumo, a previsão é de 131,5 milhões de sacas de café e o Brasil e a
nião Europeia devem ser os responsáveis pela produção de mais da metade do
total.
Já para as exportações, o Departamento de Agricultura dos EUA prevê cerca de
103,4 milhões de sacas, sendo brasileiras 32 milhões de sacas.
Fonte: Redação NA