Café: Anastasia disse que terá compromisso com o setor‏

Governador de Minas Gerais abriu a Expocafé 2010, em Três Pontas (MG) e disse que sua palavra é de compromisso para com os produtores de café

Anastasia: “Basta! Basta de palavras! Nós precisamos agora é de ação!”


Governador Anastasia na abertura da Expocafé, ao lado do secretário de Agricultura, Gilman Viana


O governador de Minas Gerais, Antônio Augusto Anastasia, esteve em Três Pontas, na quarta-feira (16), para a abertura oficial da Expocafé 2010, considerada a maior feira sobre o agronegócio café do Estado. Em seu discurso o governador concordou enfaticamente com as reivindicações dos produtores de café e legitimou o movimento SOS Café, em suas edições em Brasília, em 10 de dezembro de 2008; Varginha, em 16 de março do ano seguinte e em 23 de junho de 2009, novamente em Brasília.

O governador Anastasia iniciou sua fala, dizendo que sua primeira palavra seria “compromisso em todos os sentidos com o café de Minas Gerais”. E foi contundente ao dizer “basta, basta de palavras, basta de discurso e basta de menção fácil aos temas. O que nós precisamos agora é de ação, implementação e energia”, referindo-se ao que até hoje o governo federal fez para consolidar uma política cafeeira efetiva.

Dirigindo-se ao presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado federal Carlos Melles, o governador disse que “entra ano e sai ano a crise sempre bate à porta dos produtores, porque desde a extinção do Instituto Brasileiro do Café (IBC), nada foi colocado em seu lugar”, disse.
Antônio Anastasia também relatou a realidade do produtor de café, dizendo que é cheia de agruras: “a verdade é que estamos pedindo, reclamando e fazendo discursos, reivindicando a condição firme do governo federal e os empecilhos são colocados, as dificuldades aparecem e o cafeicultor, debaixo do sol, da garoa, até da geada, vê as suas agruras e as dívidas avolumarem”.

O governador de Minas disse que a grande responsabilidade deve ser a do governo federal, pois “temos que dar um basta nesta situação e o basta depende fundamentalmente de algo que ainda não obtivemos que é vontade política do governo federal de termos uma verdadeira política nacional econômica do café”.

O professor Anastasia disse que tem também o compromisso de exigir que o governo federal adote algo simples como um tratamento diferenciado para a área da agricultura, incluindo o café, citando outros setores que possuem legislação específica, como a educação e a saúde.
Anastasia disse que o governo estadual não pode fazer muito porque a economia está concentrada nas decisões da esfera federal. “O que nós podemos fazer no âmbito do Estado não é muito porque a política econômica no Brasil tornou-se monopólio do governo federal. Nós vivemos em uma falsa federação e assim remanesce muito pouco aos estados”, relacionou.
Segundo o governador de Minas Gerais, o Estado cumpre o com o seu papel para melhorar a situação dos produtores de café oferecendo-lhes condições para aumentar a qualidade do produto, através de maior qualificação na produção: “O Estado confere-lhes maior qualificação, oferecendo transferência de tecnologia, certificação. Mas de fato, a nossa competência não é muita. Podemos ajudar um pouco na questão do seguro de garantia e já determinei ao secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana, o aumento de valores”, garantiu Anastasia.

Para Antônio Anastasia, a exportação do café in natura não é mais suficiente para valorizar a sua produção e que os produtores e toda a cadeia produtiva devem buscar a agregação de valor ao produto, deixando subentendido que isso seria possível através da exportação do café torrado e moído.

O governador Antônio Anastasia finalizou seu discurso, prometendo que terá esse compromisso de lutar em prol de uma política para o setor aos lados dos produtores: “levarei o compromisso de ser o combatente número um, o mais modesto soldado, ao lado de nossos cafeicultores para gritar e nas trincheiras de Brasília dizer que somos mineiros, nos orgulhamos do nosso café e o queremos ser tratados com o respeito que merecemos porque trabalhamos de maneira ética e correta. Viva o café de Minas Gerais!”


Coffee Break


 

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