Correio do Povo
José Américo da Silva presidente do I-UMA
Existe uma enorme carência de estudos, pesquisas e ações na fundamental área do marketing no agronegócio brasileiro – aquele conhecimento que nos falta entre a mera produção e o domínio de toda a cadeia produtiva e de seus resultados econômico e social. \”Apesar dos avanços, nossa principal expertise continua sendo a terra e a produção\”.
É muito pouco, todos reconhecem. Abordar o diferencial entre agregação de valor nos negócios agropecuários, versus o velho paradigma da simples produção de commodities é tratar da compreensão da cadeia de valor mental na direção de marketing, interpretar os papéis dos consumidores e processadores e o reposicionamento dos produtores rurais e suas cooperativas tanto em nível local quanto mundial, passa a ser condição essencial de competitividade.
O negócio agricultural requer estratégias de marketing, de organização e competitividade de produção, engenharia financeira e de estrutura, tais como, logística, energia, tecnologia da informação e capital humano (desenvolvimento de lideranças para o impacto no crescimento dos negócios).
A inteligência da administração moderna sob o foco mercadológico demonstra casos e exemplos do que significa a verdadeira gestão de longo prazo de marketing, comparado as ações oportunistas e imediatistas. A análise e avaliação das oportunidades e ou problemas de mercados requerem um reflexão ao pensamento estratégico de marketing e do uso de todo o seu ferramental técnico para que, além da produção, se passe a pensar em desenvolvimento do agronegócio por meio da sustentação e conquista de mercados.
Para isto, é preciso fazer marketing, promoção comercial, desenvolver marcas, agregar valor aos nossos produtos, não somente nos processos industriais ou na distribuição. Valorar a qualificação de origem, das boas práticas de produção e fabricação, do meio ambiente preservado, da nossa mão de obra, da nossa tecnologia, inovação e criatividade tão bem distinguida lá fora. Mas, para isso, também é preciso conquistar a mente dos consumidores finais, de tal forma que eles passem a ser fator decisivo na opção de compra de suas redes de distribuição a favor de nossos produtos.
Algumas experiências do Brasil saltam em evidências como a de que \”somos excelentes produtores, mas usufruímos apenas a fatia mais minguada do formidável resultado que propicia o negócio dos alimentos e de toda a cadeia em que está inserido, da genética, aos insumos, máquinas, ciência, tecnologia e ao produto final na prateleira do supermercado\”.
Devemos entender que o envolvimento qualificado – ou seja, o conhecimento – dos integrantes do agronegócio brasileiro em todas as etapas do negócio, desde a produção até o consumidor final, é o que nos falta. O Brasil é o maior produtor mundial de café e sequer tem marca própria. Vendemos muito e ganhamos pouco.
Num mercado que movimenta mais de 70 bilhões de dólares por ano, o maior produtor e exportador de café do mundo não ganha mais do que 1,3 bilhão, enquanto países como a Alemanha, Bélgica, Itália e França lucram mais de 1 bilhão importando o produto e reexportando em torno de apenas 5 milhões de sacas.
Nosso dinamismo empresarial e nosso espírito empreendedor são internacionalmente reconhecidos, são verdadeiras vantagens competitivas que não sabemos capitalizar.
O Brasil é um dos países que menos investem na divulgação de sua marca. O mundo é feito de imagens e percepções.
A promoção da Marca Brasil deveria ser o resultado da inte-gração governo e iniciativa privada. No campo prático: a cerveja mexicana e o café colombiano estão ganhando mercado na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa. Mercados que poderiam ser dominados por produtos brasileiros.
Neste macrocenário de tendências e megatendências está posicionado o I-UMA, como instituição de ensino focada exclusivamente no marketing do agronegócio. Por sua vocação e dedicação exclusiva ao conhecimento especializado nas relações de negócios e marketing no Agribusiness, tornou-se referência nacional. Recebe alunos de todo o Brasil para participarem de seus programas de pós-graduação, MBA, extensão, seminários, workshops, cursos \”in company\”, \”in farm\” e eventos nacionais.
O ensino I-UMA é diferenciado e possibilita o desenvolvimento de competências críticas e estratégicas com ênfase no marketing, na comercialização, na negociação e no business de todo o processo da cadeia produtiva do agronegócio, capacitando futuros empresários, gestores de empresas, profissionais e negociadores no sentido do conhecimento multidisciplinar no agronegó-cio e na instrumentalização para um novo mercado socioeconô-mico internacional.
A particularidade da importância de se fazer marketing em toda a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro está no estímulo do conhecimento especializado para atender às carências do Brasil através das necessidade sentidas nas empresas, cooperativas e outra instituições do setor e de seus profissionais.
O alimento de hoje e o setor consumidor focalizados no mundo globalizados da competição do agribusiness requerem profissionais e empresas bem formados na gerência dos negócios em geral, mas que compreendam as características bem distintas da agroindústria e do varejo.
A complexidade estratégica na ligação dos diversos setores do agronegócio requer abordagens muito bem fundamentadas: abordagem acadêmica e abordagem prática. Essa metodologia aplicada pelo I-UMA em salas de aula, troca de experiências, visitações e upgrades na sua multidisciplinariedade, atende aos interesses dos mais diversos negócios interativos da cadeia de valor do agribusiness nacional e internacional.