23/05/10
DE BRASÍLIA
Governo e indústria concordam que a norma que instaura novos testes de qualidade do café vai contribuir para incrementar o consumo no país, como aconteceu com a criação do selo de pureza da Associação Brasileira da Indústria de Café em 1989.
A entidade vê a certificação como a maior responsável por inverter a tendência de queda nas vendas.
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e o segundo maior consumidor, atrás dos EUA. Segundo a Abic, cada brasileiro toma 78 litros anualmente. As vendas no mercado interno crescem cerca de 5% ao ano.
Para o diretor da Abic, Nathan Herszkowicz, a norma vai ter mais impacto nos cafés classificados como tradicionais -95% do mercado, atingindo 97% dos brasileiros acima dos 15 anos.
\”O consumidor vai ter uma segurança de que o café do dia a dia vai melhorar\”, diz.
Para o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, a maior parte dos produtores tem condições de atender às novas regras. Ele diz não acreditar que a medida vá aumentar os preços.
De acordo com dados da Abic, o quilo do café tradicional custa em média R$ 10. A variação para o produto classificado como superior é de R$ 6 adicionais. O preço médio do café gourmet é R$ 30.