Sete municípios foram responsáveis pelo bom resultado no volume de exportações na região: Guaxupé, Machado, Fortaleza de Minas, São Sebastião do Paraíso, Passos, Piumhi e Areado. Café é o principal produto comercializado.
Sete municípios do Sudoeste Mineiro exportaram 80 mil toneladas de café nos primeiros meses do ano, alavancando as vendas em 8% (US$ 275,3 milhões), revelam números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com o dólar cotado a R$ 1,86, o valor representa praticamente toda a cifra do grão do agronegócio mineiro de abril ( R$ 512 milhões).
Guaxupé, 14º município do ranking mineiro, encabeça a lista com US$ 96,1 milhões, seguido por Machado (US$ 59,8 milhões), Fortaleza de Minas (US$ 49,4 milhões), São Sebastião do Paraíso (US$ 32,9 milhões) e Piumhi (US$ 28 milhões).
Para o superintendente de Política e Economia Agrícola do governo de Minas, João Ricardo Albanez, a melhora nos números do agronegócio é reflexo dos preços do mercado internacional, com destaque em abril para o café. “Esse produto, considerado o de maior peso da balança, alcançou uma receita de US$ 279,2 milhões no quarto mês deste ano. Este valor equivale a 54,5% do obtido com a comercialização total de produtos do agronegócio mineiro no exterior. Esta cifra representa ainda um aumento de 19,51% na comparação com a obtida com a exportação do produto em abril de 2009,” posiciona.
No acumulado de janeiro a abril, a evolução da receita estadual é de 22%, o café alcançou uma variação positiva de 19,5%, com US$ 1,1 bilhão, contra US$ 919 milhões do mesmo período do ano passado.
Guaxupé
Cidade passou de 48,9 mil toneladas (US$ 116,7 milhões) para 36,3 mil toneladas em exportação de café no quadrimestre, comercializando mais da metade do grão com Estados Unidos e Alemanha. Guaxupé “perde” a 13º posição em Minas Gerais para Belo Horizonte para US$ 22,5 milhões de diferença.
Fortaleza de Minas
Ocupando a 25º colocação mineira, Fortaleza de Minas mais que dobrou a exportação: de US$ 19,6 milhões para US$ 49,3 milhões (de 5,7 mil para 7,8 mil toneladas). O único produto vendido é mates de níquel, totalmente comercializado com a Finlândia.
Machado
Município também aumentou as vendas do produto (café): de 13,8 mil toneladas para 22 mil toneladas- de US$ 33,9 milhões para US$ 59,8 milhões. O Japão compra 40% do total. Machado aparece em 25º lugar no Estado.
São Sebastião do Paraíso
A exportação de café em São Sebastião do Paraíso caiu pela metade de 2009 para este ano (de 22 mil toneladas para 10,1 toneladas). Em valores consolidados, de US$ 56,4 milhões para US$ 32,9 milhões. A fatia abocanhada pelo grão também caiu (de 92% para 83% do total). Calçados e couro completam a lista de produtos, 42% tendo como destino a Alemanha. A cidade, que teve variação negativa de 41,6%, está na 38º colocação no ranking mineiro.
Piumhi
O município passou de 7,8 mil toneladas para 10,7 mil toneladas em café- de US$ 17,2 milhões para US$ 28 milhões. Neste ano, o açúcar voltou a ser vendido com volume de mil toneladas. Piumhi, que tem como principais compradores Itália, Alemanha, França e Bélgica, ocupa a 43º posição em Minas Gerais.
Passos
Enquanto as vendas de carne de frango ao exterior cresceram de 3 mil para 4 mil toneladas, a comercialização de açúcar despencou de 7 mil toneladas para 574 toneladas- deixando de representar um terço do total para ocupar somente 5% nos quatro primeiros meses do ano. Passos, que tem como principais mercados Hong Kong e Emirados Árabes, oscilou pouco sua receita de 2009 para 2010- de US$ 7,1 milhões para US$ 7,0 milhões.
Areado
Ainda no grupo dos milhões, a cidade teve leve queda: de US$ 1,16 milhão para US$ 1,13 milhão. A exportação de café ( 48% para a Bélgica) caiu de 423 para 361 toneladas. Nova Resende aparece na lista das cidades cafeeiras com participação de US$ 540 mil (153 toneladas)- 57% para o Reino Unido. Também no quadrimestre, Ibiraci vendeu 38 toneladas (US$ 113,9 mil) do grão para Itália e Taiwan.
Doces
Arceburgo se destaca na região pela comercialização de doces e outras guloseimas- 63% da produção de 129 toneladas tiveram como destino o Uruguai. Apesar do aumento de apenas uma tonelada, a receita cresceu de US$ 350,2 mil para US$ 439,3 mil.
Depois de não registrar exportação em 2009, Carmo do Rio Claro vendeu US$ 39,6 mil (220 toneladas) em insumos agrícolas para a Bolívia. Já Claraval, depois de exportar 9 toneladas (US$ 122 mil) em couros, o volume de produto neste ano não passou de 287 quilos. O Canadá é o único comprador.
Os números de Guapé caíram de US$ 91,8 mil para US$ 31,5 mil (de 301 para 74 toneladas) em pedra de calcetar meio-fio- 85% da produção vai para a Alemanha.
Muzambinho, Itaú de Minas e Guaranésia, que aparecem nos dados de exportação do Ministério do Desenvolvimento em 2009, não tiveram participação nos quatro primeiros meses deste ano.
Fonte: Folha de Manhã de Passos- MG (Daniel Polcaro).