Café: Em dia de pressão negativa provocada por mal humor no mercado
financeiro, cotações do café também são pressionadas por entrada da safra
brasileira e expectativa de bom volume de produção na Colômbia. Tendência de
baixa vem se firmando.
Após dias de consecutivas quedas, as cotações do café tem hoje perda de até
200 pontos para os principais vencimentos na Bolsa de Nova Iorque, impulsionado
pelo mal humor do mercado financeiro, dólar baixo, pressão por entrada da super
safra brasileira e expectativa de bom volume de produção na Colômbia, firmando
tendência de baixa para o mercado.
Nádia Sousa, analista da XP Investimentos, avalia que as cotações
internacionais sofrem com a falta de estoques de produtos de boa qualidade, o
que precifica até mesmo o vencimento maio da BM&F mais altos do que
setembro. Na Colômbia, o que muitos esperavam ter uma safra ruim, superou
especuladores anunciando para o primeiro semestre 4,5 milhões de sacas no
mercado, numa expectativa anual de colheita de 11 milhões de sacas.
“Nova Iorque estava com estoques muito baixos de café suave colombiano. Esse
tipo de café estava sumido do mercado e a expectativa deles voltarem a estar
disponíveis pressiona os preços lá fora”, analisa.
Quanto à safra brasileira, as colheitas já foram iniciadas, estimando
produção de 50 milhões de sacas. Segundo Sousa, o Brasil por ser o maior
produtor mundial de café arábica, mexe com as cotações, pressionando ainda mais
ao médio prazo queda nas cotações.
Por ser uma safra muito volumosa, a analista acredita que os brasileiros que
conseguirem colher café de alta qualidade, conseguirão os melhores preços do
mercado, no entanto, ainda é cedo para falar, uma vez que existe muita
especulação sobre a safra brasileira, mais ainda sobre a qualidade do nosso
café.
Fonte: Redação N.A.