Minas Gerais, região de maior produção de café do mundo, tem também o melhor produto do Brasil, o arábica, que devido a uma boa adaptação ao solo e condições climáticas favoráveis ficou conhecido como café do cerrado, nome originado da região produtora.
Minas Gerais, região de maior produção de café do mundo, tem também o melhor produto do Brasil, o arábica, que devido a uma boa adaptação ao solo e condições climáticas favoráveis ficou conhecido como café do cerrado, nome originado da região produtora.
Segundo o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Pontes, cerca de 99% do café plantado no Brasil é da espécie arábica, e no mundo a participação é de 30%.
As principais regiões produtoras do Estado são o Sul de Minas (53,6%), Zona da Mata e Chapada (28,18%) e Cerrado (18,22%). O produto do Sul de Minas é identificado pelo aroma frutificado e alta acidez. É um café medianamente encorpado.
Já o café do Cerrado, que é considerado o melhor, tem aroma achocolatado, é de médio corpo e apresenta acidez normal. Pontes disse que cada tipo de região produz um café com sabor diferente.
A forma de manejo é essencial para a definição de um sabor mais agradável, o clima, a altitude, a unidade e muitos outros fatores inflenciam diretamente no gosto do café, e antes de chegar nas casas, além destes processos, o produto ainda passa pela industrialização, onde a forma com que for torrado e moído também influenciam o sabor.
Segundo o gerente de qualidade do Sindicato da Industria de Café do Estado de Minas Gerais (Sindicafé- MG), Flávio Ricardo Campos da Silveira, além da topografia, clima e colheita, o grau de maturação define a acidez do produto, quanto mais maduro o grão menor é a acidez.
“Como a colheita não é seletiva, muitos grãos verdes se misturam alterando na unidade do café. Isto faz com que fique mais ácido”, diz Ricardo.
O ideal para se colher é o grão vermelho, conhecido como cereja, que tem maior concentração de açúcares, o principal é o açucrose, que proporciona ao produto o sabor achocolatado.
Para diminuir a acidez do solo evitando um café ácido, os produtores, geralmente, fazem a correção do solo utilizando calcário. Segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), a cafeicultura está presente em 690 municípios mineiros, com mais de 90 mil propriedades produtoras.
A atividade ocupa 49,5 mil agricultores familiares no Estado e gera 4,3 milhões de empregos diretos e indiretos.