Exportação cresce 35,8% frente à novembro de 2004

As exportações brasileiras em novembro deste ano estão 35,8% maiores que em novembro 2004. Dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que a média diária subiu de US$ 408 milhões no ano passado para US$ 554,2 milhões em novembro deste ano. O crescimento foi sustentado pelas três categorias de produtos. Os básicos cresceram 54,7%, devido ao aumento das exportações de soja em grão, uvas frescas, petróleo em bruto, mármores e granitos, minério de ferro, farelo de soja, algodão em bruto, carne de frango e suína, café em grão e fumo em folhas.

As vendas de manufaturados aumentaram 29,7%, com destaque para as de gasolina, tratores, óleos combustíveis, veículos de carga, aparelhos transmissores e receptores, máquinas e aparelhos para terraplenagem, fio-máquina de ferro e aço, laminados planos, automóveis de passageiros, autopeças e aviões. Os embarques de semimanufaturados cresceram 20,5%, por conta, sobretudo, de zinco em bruto, açúcar em bruto, óleo de soja em bruto, ligas de alumínio, alumínio em bruto, celulose, couros e peles, e semimanufaturados de ferro e aço.

Em relação a outubro, o aumento nas exportações foi de 11,9%. A média diária passou de US$ 495,2 milhões em outubro para US$ 554,2 milhões este mês.

Embora as vendas externas de produtos básicos tenham crescido 13,8% de um mês para o outro, as exportações de carne in natura voltaram a cair. Desde o início de outubro, as vendas estão sendo prejudicadas pelos embargos de mais de 50 países ao produtos brasileiro.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, a média diária das exportações de carne caiu 14,2% – de US$ 35,593 milhões em outubro para US$ 30,538 milhões até a quarta semana de novembro. A queda nas vendas de carne foi de 23% em outubro ante setembro deste ano, quando os focos de febre aftosa ainda não tinham sido detectados. Na comparação com novembro de 2004, no entanto, os embarques de carne subiram 13,8%.

Do lado das importações, a média diária até a quarta semana do mês ficou em US$ 337,9 milhões, 11,1% acima da média de novembro de 2004, quando foi de US$ 304,2 milhões. Ampliaram-se os gastos com siderúrgicos (36,9%), veículos automóveis e partes (24,5%), equipamentos mecânicos (21,1%), combustíveis e lubrificantes (18,0%), equipamentos elétricos e eletrônicos (16,4%) e instrumentos de ótica e precisão (15,4%).

Ainda segundo os dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento,

a balança comercial registrou, na quarta semana do mês, exportações de US$ 2,543 bilhões e importações de US$ 1,618 bilhão, resultando em superávit de US$ 925 milhões. No acumulado do mês, as exportações somam US$ 9,421 bilhões e as importações, US$ 5,744 bilhões, com saldo comercial de US$ 3,677 bilhões. No ano, as vendas externas totalizam US$ 106,044 bilhões e as compras, US$ 66,017 bilhões, do que resultou um superávit de US$ 40,027 bilhões.