AGRONEGÓCIOS
25/02/2010
Agência Estado
SÃO PAULO – A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa) prepara o lançamento de um novo contrato na área agrícola. Trata-se do etanol com liquidação financeira, previsto para ser negociado ainda este ano. De acordo com Edemir Pinto, diretor presidente da companhia, a bolsa mantém conversas com integrantes desse mercado para viabilizar o lançamento do contrato.
Atualmente, a bolsa já possui um contrato de etanol, mas com a entrega física do produto, o que se mostrou pouco viável e por essa razão a liquidez é baixa. “Esse mercado tem um sistema de distribuição própria e a entrega física dos contratos tinha dificuldade, por isso vamos criar esse novo contrato”, disse, durante entrevista para comentar os resultados da empresa no quarto trimestre de 2009.
De acordo com diretor presidente da BM&F Bovespa, aproximadamente 90% dos participantes desse mercado indicaram interesse em aderir ao novo produto. Segundo o último relatório divulgado pela BM&F Bovespa, no mês de janeiro de 2010 não houve a realização de nenhum contrato de etanol. Em janeiro do ano passado, houve um contrato, avaliado em R$ 28 milhões.
Contratos agropecuários
Ainda de acordo com dados divulgados pela BM&F Bovespa, os mercados de derivativos agropecuários da bolsa (incluindo futuros e opções) totalizaram 181.634 contratos negociados em janeiro, ante 202.637. Ao fim do último pregão do mês passado, os mercados de derivativos agropecuários registraram 97.630 posições em aberto. Em dezembro, esse número foi 82.698.
No mês de janeiro, o volume de futuros e de opções de boi gordo totalizou 72.229 contratos, ante 88.399 em dezembro. O café arábica encerrou janeiro com 49.364, sendo que em dezembro o total foi de 56.673. No mesmo período, a soja registrou 9.155 contratos, ante 9.125. O contrato de milho com liquidação financeira apresentou novo recorde no período, com total de 50.886 contratos entre futuros e opções contra 48.440 no mês anterior.
Ontem, a BM&F Bovespa realizou o primeiro leilão de feijão em ambiente totalmente eletrônico. Foram ofertados 23 lotes (647 toneladas) de feijão carioquinha produzidos na região de Campos Gerais (PR) e negociados cinco lotes, totalizando 143 toneladas. O volume financeiro alcançou R$ 115,730.