CONSUMO DE CAFÉ ATINGE A TOTALIDADE DOS LARES BRASILEIROS

25 de novembro de 2005 | Sem comentários Consumo Torrefação

O consumo de café atinge a totalidade dos lares brasileiros, aponta a pesquisa desenvolvida pela InterScience, divulgada durante o 13º Encafé, Encontro Nacional da Indústria de Café, realizado no Hotel Tree Blue Park – Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco.


Os resultados da terceira edição da pesquisa sobre Tendências do Consumo de Café no Brasil foram apresentados aos participantes do encontro pela socióloga Ivani Rossi. Cerca de 1400 pessoas foram entrevistadas pela InterScience nas principais capitais de todas as regiões brasileiras, envolvendo todas as classes sociais e faixas etárias. Entre os ouvidos, 93% declararam que consomem café. O resultado indica que, de 2003 para 2004, a penetração do café entre os consumidores cresceu em 1%, uma demonstração de que os esforços realizados pela indústria estão encontrando receptividade junto aos consumidores.


A pesquisa desenvolvida pela InterScience é realizada desde 2003, com o patrocínio do Grupo Gestor de Marketing do CDPC e recursos do Funcafé. A continuidade dos estudos pretende identificar a evolução dos hábitos de consumo do café, levantando informações sobre o mercado de consumidores em suas diferentes versões. A pesquisa identifica também informações sobre tipos de cafés consumidos, locais e ocasiões de consumo, frequência, quantidade diária, modo de preparo etc.


Uma das novidades em relação aos anos anteriores é que entre os não-consumidores diminuiu o número de pessoas que rejeitam a bebida em razão de recomendações médicas. Em 2003, 27% dos entrevistados afirmaram ser esta a causa determinante para não consumirem. Em 2004, esta era a razão para 14%. Já em 2005, apenas 8% apontam o mesmo motivo para explicar a rejeição.


Essa redução deve ser compreendida, segundo Ivani Rossi, como resultado dos esforços desenvolvidos pela campanha Café & Saúde, que divulga para a comunidade médica pesquisas modernas que atestam os benefícios do hábito de beber café, diariamente, de forma moderada, para a saúde. Entretanto, do ponto de vista do não-consumidor, cerca de 68% destes atribuem sua rejeição, ainda, à percepção de que café prejudica a saúde. Essa concepção é mais presente entre os entrevistados das classes C e D (62% e 63 %, respectivamente), teoricamente um público com menos acesso a informações.


Esses números revelam que a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), mesmo antes de conhecer os resultados da pesquisa, acerta ao lançar a campanha publicitária voltada para a conscientização do consumidor dos benefícios do café para a saúde. Foram lançados na abertura do 13º Encafé, quatro filmes nos quais o doutor Darcy Lima faz recomendações e apresenta informações sobre pesquisas recentes que atestam o valor do café para determinadas doenças e para práticas esportivas.


Capuccinos e expressos
O consumo de capuccino e do café expresso também cresce. Estes são os tipos mais apreciados pelas pessoas quando estão fora de casa, em lanchonetes, restaurantes, tanto no café da manhã, como após o almoço. O consumo fora de casa elevou-se em relação ao apurado em 2004. Esses são indicadores de que o hábito de beber café passa por transformações importantes. A valorização de atributos como marca, preço e hábito determinavam a escolha racional do produto em 2004. Na edição da pesquisa da Interscience de 2005, para justificar a escolha do café, grande parte dos consumidores considera outras características, como tipo, sabor e o selo de qualidade.


“O prazer passa a ser um elemento importante. Um fato que vem sendo notado é o aumento de consumo de cafés do tipo instantâneo, capuccino, especiais e expresso. Isso é reforçado pelo número de coffee shops e pela presença de máquinas tanto em ambientes de trabalho como em bares e restaurantes”, analisou Irani.


O consumidor continua a ter expectativas por novidades: novos produtos são bem-vindos, principalmente as misturas prontas, além da contínua demanda por cafés de qualidade. E esta última continua a ser traduzida por pureza, sabor e aroma. A pesquisadora lembra que muitos daqueles que iniciaram o consumo dizem que o fizeram pelo aroma, indicando que os esforços da indústria para oferecer um produto de melhor qualidade, estão encontrando receptividade junto aos consumidores.


Clique aqui para ver a pesquisa Tendências do Consumo de Café em 2005 (arquivo pdf – 950 Kb).

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