O setor de franquias é um dos que mais cresce no país. Nos últimos três anos, segundo a Associação Brasileira de Franchising, cresceu cerca de 50%. Para 2010, a expectativa é de um aumento de 15% no faturamento, passando de R$ 63 bilhões para R$ 72,5 bilhões. A ABF ainda não fechou os números de 2009, mas espera que o crescimento tenha sido por volta de 14,5% em relação a 2008.
O setor ainda tem muito a crescer. O faturamento equivale a apenas 2% do PIB brasileiro, muito pequeno ainda se comparado ao mercado americano, onde corresponde a 20% do PIB. Atualmente, operam no Brasil 1.379 redes de franquia. A maioria é de pequenas redes que oferecem produtos e serviços para pessoas que querem montar um pequeno negócio. Saiba mais sobre franquias no site do Sebrae.
Na onda deste crescimento está o empresário Marcio Rangel, ex-bancário que aproveitou um plano de demissão voluntária para abrir o próprio negócio. Hoje, sete anos depois, é franqueado máster da rede Empada Brasil em São Paulo.
Com duas lojas de rua muito bem localizadas, uma na rua Augusta e outra na Pamplona, ele diz não se arrepender da troca. “Comecei em 2003 e não me arrependo. O meu sucesso trouxe para este negócio três amigos do banco. Hoje administro o meu tempo, tenho ganhos pessoais e financeiros. Não há o que reclamar”.
O grande diferencial da Empada Brasil de outros tipos de franquia está no formato deste tipo de empresa de alimentação. O franqueado não compra absolutamente nada do franqueador. Após treinamento adequado, a franquia precisa produzir as suas próprias empadas. Além disso, não há engessamento do negócio, que pode comercializar outros tipos de salgados, saladas e sanduíches.
“Quando montei o negócio, vendíamos apenas empadas, café, água e refrigerante. E vendíamos muito, mas o efeito novidade foi passando e a concorrência foi aumentando. Percebemos que era preciso inovar. Colocar outras coisas, chamar a atenção do público”, diz.
Foi assim que surgiu a empada integral, as saladas para acompanhamento, os sanduíches. Segundo Rangel, a rede vende em São Paulo por mês cerca de 225 mil empadas. “Sabemos que 40% das pessoas na cidade não gostam de empada ou porque desconhecem ou porque não gostam do saber. Para eles, precisamos oferecer algo diferente”, recomenda. Ele acredita que o consumo deva aumentar à medida em que as pessoas percebam que, apesar de ser um salgado, não é fritura.
Pequenas outras inovações também estão na agenda de Marcio Rangel para 2010. No final do ano ele lançou o empadatone, uma empada doce com recheio de passas e frutas cristalizadas. “Foi um sucesso”. Para a Páscoa, ele pensa em algo com a tradicional empada de chocolate. “Já estamos desenvolvendo também receitas para chegar à empada com 0% de gordura trans”.
Fonte: Sebrae