04/02/2010
Orgânicos podem entrar no jogo da Copa
ENTREVISTA INGO PLÖGER Consultor e sócio da Melhoramentos
Evento será chance de mostrar imagem sustentável do Brasil ao mundo, inclusive nos alimentos
Luiz Silveira
lsilveira@brasileconomico.com.br
O ex-presidente da companhia Melhoramentos, fundada por seu avô, voltou a se dedicar à consultoria em 2006, após coordenar as promoções internacionais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior na gestão do amigo Luiz Fernando Furlan. Agora Plöger prepara um projeto para alimentos orgânicos durante a Copa do Mundo de 2014.
Como os alimentos orgânicos podem pegar carona na Copa do Mundo no Brasil? Acredito que a Copa seja uma oportunidade importante para o Brasil aumentar a produção e a viabilidade econômica dos alimentos orgânicos. Talvez a principal forma de isso acontecer seja com as cidades-sede definindo percentuais mínimos de alimentos orgânicos ou sustentáveis nos cardápios dos eventos ligados à Copa.
Mas isso já não pode ser feito independentemente da Copa? Sim. Demandas institucionais, como creches e presídios, podem ser um importante elemento para acelerar o desenvolvimento da agricultura orgânica ou sustentável. Mas usar a Copa e a Olimpíada para acelerar os processos de sustentabilidade será ótimo para o país. Cada Copa tem um lema, e o do Brasil precisa ser relacionado à sustentabilidade.
E, depois da Copa, o que garante a sustentabilidade econômica dos orgânicos?
A Copa terá aumentado a qualificação das cadeias produtivas, essa seria a herança.