Dólar volta a subir com força, acompanhando mercado externo
QUA, 03 DE FEVEREIRO DE 2010 16:32 IN
O dólar voltou a subir com força nesta quarta-feira, em meio ao clima ainda instável nos mercados mundo afora. Indicadores econômicos e a fraqueza do euro ajudaram a impulsionar o dólar. No fim do dia, a moeda norte-americana avançou 0,77%, a R$ 1,844 na venda.
De acordo com a ADP Employment o setor privado dos Estados Unidos cortou 22 mil postos de trabalho em janeiro deste ano, quando comparado com o mês anterior. Os números de novembro para dezembro foram revisados em 23 mil vagas, passando de 84 mil para 61 mil. Este foi o menor corte de vagas desde fevereiro de 2008.
“O dado impulsionou o dólar para cima por conta do aumento da possibilidade de o Federal Reserve antecipar o início do processo de aperto monetário, hoje com juros próximo de zero”, diz um operador, ponderando que o relatório ganhou notoriedade por ser visto como uma prévia do cálculo oficial sobre a criação de vagas, com divulgação prevista para sexta-feira.
Ainda do lado do indicadores, o ISM apontou expansão do nível de atividade no setor de serviços em janeiro, em constraste com o recuo observado em dezembro. O índice bateu os 50,1 pontos, abaixo no entanto, do previsto por economistas (50,5 pontos).
Neste cenário, a agenda da semana mantém o tom de cautela dos negócios. “A agenda econômica norte-americana mostra-se recheada de indicadores que contribuem para uma melhor avaliação deste momento em que a recuperação econômica é colocada em cheque, reforçando a percepção de que sem as muletas fiscais e monetárias a economia retornaria à recessão”, observa os analistas da Sul America Investimentos.
Internamente, o Banco Central (BC) informou que a entrada de dólares superou as saídas em US$ 1,075 bilhão em janeiro. A conta financeira foi responsável pelo superávit no período, quando houve ingresso de US$ 1,215 bilhão. O lado comercial registrou saídas de US$ 140 milhões.
Mantendo a rotina, a autoridade monetária comprou dólares no mercado à vista, apesar da fraca liquidez.
(Simone e Silva Bernardino – Agência IN)