As projeções de um dos menores estoques de café da história do Brasil, em torno de 4,5 milhões de sacas, e o equilíbrio entre oferta e demanda mundial devem dar sustentação aos preços internacionais do café até pelo menos maio de 2006, quando a colheita no Brasil se intensifica. A avaliação é de analistas, produtores e indústrias que participam do Encafé, encontro das indústrias, em Pernambuco.
Maior produtor e exportador mundial, o Brasil deve colher entre 44 milhões e 48 milhões de sacas em 2006/07, segundo estimativas dos analistas de mercado, ante 33,3 milhões previstas para 2005/06.
“Não consigo enxergar excesso de oferta de café para os próximos anos”, afirmou Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes. “Os estoques do país e de importadores mundiais estão baixos”. A Organização Internacional do Café (OIC) indica uma produção de 108 milhões de sacas em 2005/06 e consumo de 115 milhões de sacas.
Linneu da Costa Lima, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, disse que até o início da próxima safra, em maio de 2006, os estoques de passagem de café devem ser de 4,5 milhões de sacas, sendo 2,5 milhões de safras antigas, com mais de 20 anos. Ele não acredita que a colheita do país supere o recorde de 2002/03 – de 48,48 milhões de sacas – por conta dos cafezais velhos não renovados. “Cerca de 40% das lavouras nacionais de café precisam ser renovadas, o que prejudica a produtividade”, disse.
Maurício Miarelli, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), concorda. “Os produtores passaram por uma longa crise nos últimos três anos, com a saca cotada a US$ 40. A renovação dos cafezais custa em média de R$ 6 mil a R$ 7 mil por hectare”, disse. O preço médio histórico da saca de café nos últimos anos girou em torno de US$ 90. Atualmente, os cafeicultores têm recebido US$ 110, mas reclamam que os custos subiram.
Analista de uma grande trading disse que o mercado aguarda atento a primeira estimativa de safra 2006/07 de café do país, que será divulgada pela Conab mês que vem. “A safra grande do Brasil deverá pressionar os preços, mas os menores estoques no mercado internacional dão sustentação”, disse. A trading estima que os preços possam ficar entre US$ 1,10 e US$ 1,20 a libra peso
As projeções de um dos menores estoques de café da história do Brasil, em torno de 4,5 milhões de sacas, e o equilíbrio entre oferta e demanda mundial devem dar sustentação aos preços internacionais do café até pelo menos maio de 2006, quando a colheita n
As projeções de um dos menores estoques de café da história do Brasil, em torno de 4,5 milhões de sacas, e o equilíbrio entre oferta e demanda mundial devem dar sustentação aos preços internacionais do café até pelo menos maio de 2006, quando a colheita no Brasil se intensifica. A avaliação é de analistas, produtores e indústrias que participam do Encafé, encontro das indústrias, em Pernambuco. Maior produtor e exportador mundial, o Brasil deve colher entre 44 milhões e 48 milhões de sacas em 2006/07, segundo estimativas dos analistas de mercado, ante 33,3 milhões previstas para 2005/06. “Não consigo enxergar excesso de oferta de café para os próximos anos”, afirmou Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes. “Os estoques do país e de importadores mundiais estão baixos”. A Organização Internacional do Café (OIC) indica uma produção de 108 milhões de sacas em 2005/06 e consumo de 115 milhões de sacas. Linneu da Costa Lima, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, disse que até o início da próxima safra, em maio de 2006, os estoques de passagem de café devem ser de 4,5 milhões de sacas, sendo 2,5 milhões de safras antigas, com mais de 20 anos. Ele não acredita que a colheita do país supere o recorde de 2002/03 – de 48,48 milhões de sacas – por conta dos cafezais velhos não renovados. “Cerca de 40% das lavouras nacionais de café precisam ser renovadas, o que prejudica a produtividade”, disse. Maurício Miarelli, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), concorda. “Os produtores passaram por uma longa crise nos últimos três anos, com a saca cotada a US$ 40. A renovação dos cafezais custa em média de R$ 6 mil a R$ 7 mil por hectare”, disse. O preço médio histórico da saca de café nos últimos anos girou em torno de US$ 90. Atualmente, os cafeicultores têm recebido US$ 110, mas reclamam que os custos subiram. Analista de uma grande trading disse que o mercado aguarda atento a primeira estimativa de safra 2006/07 de café do país, que será divulgada pela Conab mês que vem. “A safra grande do Brasil deverá pressionar os preços, mas os menores estoques no mercado internacional dão sustentação”, disse. A trading estima que os preços possam ficar entre US$ 1,10 e US$ 1,20 a libra peso. A repórter viajou a convite da Abic |