Fazenda Santa Rita, de Minas Gerais, vence o 7º concurso
A grande vencedora do 7º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil Cup of Excellence, promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi a fazenda Santa Rita, localizada no sul de Minas, no Município de Carmos de Minas, com a variedade Bourbon.
Coube ao júri — reunido no centro de convenções do Palace Hotel, em Poços de Caldas (MG),presidido pelo provador, degustador e conselheiro da entidade, Sílvio Leite, e composto por mais 25 classificadores e profissionais de compras de torrefadoras e lojas dos Estados Unidos, Japão e Europa — escolher os vencedores entre os 61 lotes aprovados na etapa nacional do concurso.
Entre os dez primeiros colocados, oito vieram de Minas Gerais e os dois restantes, de São Paulo e Bahia.
Novo presidente
Os cafés especiais são rastreados e, por isso, têm origem garantida, variedade e região específicas, além de uma característica especial determinante na qualidade de bebida. “O café especial é como um bom vinho: ele possui uma região e uma safra específicas, com uma variedade determinada de uva e uma característica de bebida marcante”, explica Alexandre Frossard Nogueira, novo presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).
Nogueira, que vai assumir a associação no mandato 2006-2007, diz que uma das prioridades da associação é ajudar os pequenos produtores a comercializarem melhor o seu café. “Queremos criar condições para que os associados que não possuem uma estrutura comercial desenvolvida possam vender melhor o seu café”, diz Nogueira. Nos últimos anos, todas as ações da BSCA foram voltadas para o mercado externo de cafés finos, mas Nogueira diz que o mercado interno já é visto com bons olhos pela associação.
A partir de 2006, a eleição para o comando da BSCA será diferente. Pelo novo estatuto, o vice-presidente ocupará automaticamente o cargo de futuro presidente da entidade. Atualmente, de acordo com a BSCA, o País exporta de 800 mil a 1 milhão de sacas de cafés especiais. O mercado interno fica com apenas outras 50 mil sacas. O consumo de cafés especiais no mundo é de 8 milhões de sacas anuais. O crescimento desse segmento é de cerca de 10%, enquanto dos cafés tradicionais é de 1,5%.