CAFÉ: PRODUTORES AGUARDAM PREÇOS MELHORES NA ZONA DA MATA DE MG

20 de janeiro de 2010 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Por Laura Ruschel / laura.ruschel@safras.com.br

SAFRAS (19) – A comercialização de café na região de atuação da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Caratinga (Coopercafé), na Zona da Mata de Minas Gerais avança lentamente. Segundo o gerente de comercialização da cooperativa, enquanto alguns produtores venderam na virada do ano, aqueles que têm café de melhor qualidade segura o produto na expectativa de melhora nos preços.

“Café de boa qualidade é raro agora no mercado. Com isso, o produtor consegue uma remuneração maior, em função do aumento na procura. Porém, a recomendação ainda é que aqueles cafeicultores que tenham grão de melhor qualidade aguardem, pois a procura deve aumentar mais ainda”, afirmou Tavares.

Ainda, as vendas por meio de CPRs e negócios futuros são incipientes, não atraindo interesse. De acordo com Tavares, o preço não atrai os produtores, muitas vezes liquidando por um preço menor do que no físico. Assim, a safra a ser colhida neste ano ainda não registrou negócios significativos. Por outro lado, estima-se que do total colhido da safra 2009, ainda restam apenas 10% a 15%.

De acordo com Tavares, o quadro nas lavouras para o ciclo 2010 na região é o mesmo que o observado do resto do país, de irregularidade. “Temos chumbinho de todos os tamanhos e também temos café com florada em cima até hoje”, afirmo o gerente de comercialização da cooperativa. 

“No mês passado tivemos um índice de chuva muito bom, que deu pra sustentar o mês de janeiro, que foi bem quente e com pouca chuva. Mas, ainda é muito cedo e as lavouras estão muito misturadas pra dar qualquer previsão de safra”, completou.

Segundo o primeiro levantamento de safra divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento em janeiro, o Estado de Minas Gerais, neste ano deverá registrar uma variação positiva entre 16,7% e 24,4% (de 3,32 a 4,85 milhões de sacas). Levando em conta o intervalo superior, a participação mineira representa 50,8% do total a ser produzido no país, ou seja, 24,73 milhões de sacas. O café do tipo arábica detém o maior volume no estado (98,8%) e deve ficar entre 22,92 e 24,44 milhões de sacas, segundo dados da Conab. (LR)

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