18/01/2010 – Em plena safra, empresas brasileiras de aviação agrícola sofrem com a falta de combustível desde dezembro. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), a Petrobras alega impossibilidade momentânea de realizar testes de certificação da qualidade da gasolina de aviação produzida na refinaria de Cubatão (SP). “É uma vergonha ter que levar aos Estados Unidos para validar um produto fabricado aqui”, lamenta o presidente do Sindag, Júlio Kämpf.
Os empresários reclamam ainda da demora na importação do produto, liberada pela Receita Federal somente na semana passada, com a promessa de normalizar a entrega na última sexta-feira. No entanto, segundo o proprietário da Sucesso Aero Agrícola, de Viamão, Marcos Lages Scortegagna, a empresa deve receber a remessa apenas no dia 22 e somente 5 mil litros, quando precisava o triplo. “Estamos recusando novos trabalhos.” Na KL Aviação Agrícola, de Camaquã, não há nem previsão de entrega. “Estamos parados e isso é uma situação vergonhosa em uma atividade extremamente sazonal”, critica o piloto e proprietário da KL, Francisco Dias da Silva.
O deputado Luis Carlos Heinze encaminhou documento ao ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e ao presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, cobrando explicações. O ministério deve se posicionar hoje.